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sábado, 17 de janeiro de 2009

Há vida depois da crise, segundo Jerónimo


O actual governo PS e os acólitos do poder têm montado uma enorme campanha em torno da crise porque querem os portugueses resignados, para lhes exigir mais sacrifícios”, afirmou Jerónimo de Sousa no pavilhão dos “Águias”, em Alpiarça, onde acompanhou os trabalhos da última reunião de quadros distritais do PCP, no dia 17 de Janeiro.
José Sócrates foi o alvo principal das críticas do secretário-geral do PCP, para quem “este governo prometeu muito e anda há quatro anos a apregoar a modernidade da economia portuguesa, mas terminará este mandato sem cumprir uma única das promessas com que enganou toda a gente”.Segundo Jerónimo de Sousa, “Sócrates mentiu ao povo português” porque “quando chegou ao poder colocou-se ao lado dos interesses dos poderosos e não governou em nome dos que lhe deram os votos”. “No início do ano, caiu a propaganda do país de sucesso que ia resistir à crise, mas agora usam-na como desculpa para justificar todas as políticas erradas que destruíram o aparelho produtivo e arruinaram a economia nacional”, afirmou Jerónimo de Sousa, dando como exemplo a revisão suplementar do orçamento, apresentada pelo ministro das Finanças. Sobre Teixeira dos Santos, o líder comunista disse que “é preciso ter lata para dizer que os rendimentos das famílias não vão ser muito afectados, quando já se sabia que o país ia entrar em recessão”. E “a crise não é para todos, porque os que ganharam milhões com este governo PS vão continuar a somar”, declarou ainda Jerónimo de Sousa, dando como exemplo os lucros do ano passado dos nove maiores grupos económicos portugueses, que ultrapassaram os 4 mil milhões de euros. “É um álibi para um governo que não agiu em devido tempo e está agora à espera que venha um milagre não sei de onde”, concluiu.“É preciso mudar de rumo, mas este governo fica sempre preso a esta camisa-de-forças neo-liberal”, acrescentou Jerónimo de Sousa, depois de explicar às cerca de 300 pessoas que compunham a sala que o PCP se prepara para lançar uma grande campanha nacional sob o mote “sim, é possível uma vida melhor”.A acção visa intensificar a intervenção e a luta do partido pela defesa dos direitos dos trabalhadores e dos mais desfavorecidos, e a preparação para um ano que será marcado por três batalhas eleitorais.“Neste momento, ainda não há nenhum candidato aprovado oficialmente pelos órgãos internos do partido”, garantiu ao nosso jornal Octávio Augusto, explicando que este encontro distrital de quadros serviu apenas para acertar agulhas e preparar as próximas eleições, mas ainda sem nomes já definidos. Segundo o responsável, “ficou decidido que as listas têm que estar prontas até Maio, pelo que devemos começar a anunciar os nossos candidatos a partir de Março”. Nesta reunião, ficou também assente que o PCP vai realizar um grande encontro distrital com militantes e simpatizantes no próximo dia 4 de Abril, na Chamusca, e está ainda a preparar uma grande festa popular para assinalar os 35 anos do 25 de Abril, disse Octávio Augusto.

«João Nuno Pepino- "O Ribatejo"

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