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domingo, 22 de fevereiro de 2009

Nova associação de deficientes quer reforçar a promoção da inclusão

Promover a “verdadeira inclusão” e “despertar consciências” para as questões relacionadas com a deficiência são dois dos grandes objectivos da Associação do Cidadão Deficiente do Concelho de Almeirim (ACIDECA), que foi apresentada oficialmente no sábado, 21 de Fevereiro.



“Está aberta a todos os que queiram participar nesta causa”, disse ao nosso jornal Francisco Pereira, um dos membros do núcleo duro de 15 elementos que decidiram lançar este projecto. A ideia começou a germinar “no início de 2008, quando uma série de malta amiga, todos portadores de deficiência, se juntaram e começaram com conversas informais”, explica o responsável.

“Podem dizer que já existem muitas associações deste género, mas eu respondo sempre que todas são poucas”, continua Francisco Pereira, para quem é importante acabar com a “inclusão de fachada”, relacionada com “aqueles projectos muito bonitos e muito engraçados, que servem a poucos mas que são feitos a conta de muitos”.

A ACIDECA “não quer nem vai tentar mudar o mundo, preferimos alertar as pessoas para o mundo da deficiência com pequenos gestos”, explica o mesmo.A falta de acessibilidades nos edifícios públicos, que afecta sobretudo aqueles que têm uma mobilidade mais reduzida, o emprego e a perda de direitos em sede de IRS são três questões que Francisco Pereira particulariza, com destaque para a perda de regalias a nível das deduções fiscais, “uma área onde os deficientes têm sido bastante prejudicados nos últimos Orçamentos de Estado”.

“O deficiente enfrenta sempre três dificuldades, qualquer delas bastante grave: a que decorre da própria crise, a falta de emprego e a falta de condições de acessibilidade no local de emprego”, exemplifica Francisco Pereira.

“Mesmo que alguém queira dar emprego a um deficiente, por vezes depara-se com a obrigação de fazer uma série de alterações que não são sequer comportáveis. Nós temos que alertar as pessoas para esta realidade”, afirma o responsável.Para já, a ACIDECA ainda não tem sede própria, mas o movimento, o primeiro do género no concelho de Almeirim, já está lançado. “A nossa sede funciona onde nos reunirmos, onde estivermos mais que dois já é o nosso espaço”, graceja Francisco Pereira.

«O Ribatejo"