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terça-feira, 28 de abril de 2009

Investimento de 70 milhões na agro-indústria do Ribatejo

A região do Ribatejo vai ter um cluster agro-industrial devidamente desenvolvido e articulado dentro de três anos, de acordo com uma candidatura recentemente aprovada no âmbito do Fundo Europeu para o Desenvolvimento Regional (Feder), que prevê investimentos globais de 70 milhões de euros.

O objectivo é garantir a melhoria das condições de competitividade de mais de 30 empresas da região ribatejana. Liderada pela Associação Empresarial da Região de Santarém (Nersant), a candidatura prevê a criação de uma Associação para o Desenvolvimento da Agro-Indústria (ADAI). Entre os parceiros envolvidos contam-se empresas como a Compal (bebidas), a Idal (transformação de tomate) e a DAI (transformação de beterraba).
De acordo com a Nersant, o projecto foi recentemente aprovado no âmbito do Concurso para Enquadramento de Estratégias de Eficiência Colectiva - Reconhecimento de Pólos de Competitividade e Tecnologia desenvolvido pelo Feder. Decorrem, agora, reuniões com as cerca de 30 empresas envolvidas para lançamento das iniciativas previstas no plano de acção.
O cluster ribatejano (zona onde há um forte presença do complexo agro-industrial) pretende “fomentar a inovação e melhorar a competitividade das empresas do sector, procurando criar sinergias” entre todos os actores desta área e outros com que se relacionam.
Visa, também, aproximar as empresas e instituições de ensino e de investigação e desenvolvimento (I&D), estimular projectos de I&D tendentes a criar novos produtos e apoiar a internacionalização das empresas, apostando na diferenciação.
Uma das suas principais vantagens deste projecto reside no facto de os projectos constantes do plano de acção poderem ter acesso a sistemas de incentivo com verbas específicas e “tratamento preferencial no acesso aos sistemas de incentivos do QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional) já em funcionamento, através da majoração de taxas de incentivo e de concursos específicos”.
Podem, igualmente, beneficiar de acesso preferencial aos programas comunitários de promoção do potencial humano e de desenvolvimento regional.A candidatura apresentada pela Nersant baseia-se na criação da ADAI, com o objectivo de gerar “um novo ciclo de crescimento” e de transformar a agro-indústria ribatejana num “sector de referência a nível europeu num prazo de 10 anos”.
A associação deverá promover a colaboração e a cooperação entre as empresas e entidades relacionadas, “encorajando a reestruturação competitiva do sector e assegurando uma ampla participação nos circuitos comerciais”. Os diferentes parceiros encontram-se já divididos em áreas de actuação para a constituição de um pólo de competitividade e tecnologia (PCT), que constituirá “o principal motor” desta estratégia.
Ele assentará num sector agro-industrial que já é “uma referência nacional”, devido “às características dos solos, do clima e do emparcelamento” ribatejanos. A grande dimensão de algumas das empresas, muitas já integradas em grupos multinacionais, e a existência de instituições de ensino com “grande tradição e competência em I&D” são outras das vantagens regionais.
Para além do desenvolvimento do pólo de competitividade e tecnologia agro-industrial (contempla a criação de novos produtos e de marcas, a recuperação de produtos tradicionais, a experimentação de novas culturas e a criação de mecanismos de cooperação), o plano definido contempla, ainda, a criação de um Centro de Competências para a Agricultura e Agro-Indústria e de um Centro de Transferência de Tecnologia Alimentar.
O projecto prevê, igualmente, a criação de espaços para incubação de novas empresas e de um Centro de Incubação de Oportunidades de Negócio. O PCT dará especial realce às áreas de transformação de carnes e de frutos e produtos hortícolas, à produção de bebidas e à produção de gorduras e óleos (em especial azeite).
«Público»

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