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sábado, 16 de maio de 2009

Sónia Sanfona, enganou-me e à minha família também

Quando soube que Sónia Sanfona tinha sido escolhida para concorrer a “Presidente da Câmara” do meu burgo fiquei logo entusiasmado.

Sempre gostei dela e sempre lhe admirei aquele estilo de “senhorita” coisa que minha mulher não lhe consegue chegar aos calcanhares.

Divulgada esta promoção, eu, minha mulher, meus quatro filhos, os três irmãos das mulheres de meus filhos, respectivas esposas e meus oito sobrinhos decidimos logo reunir em “Assembleia de Família” para chegarmos a uma conclusão democrática: deliberar em quem votarmos no dia das eleições.

Ficou assente em “acta familiar” de que todos os nossos votos: «vão ser colocados no quadrado onde estiver a fotografia» de tão ilustre pessoa, de quem tínhamos em consideração.
Passados poucos dias, qual não foi o nosso espanto quando meu sobrinho Samuel convocou nova “reunião de família” para nos informar de uma grave alteração.

Assim foi.

No dia marcado, depois do respectivo jantar que foi acompanhado com uma mixórdia qualquer chamada de “vinho alpiarcense”, de barriga cheia, sentamo-nos todos à mesa para ouvirmos as palavras de Samuel.

Então escarrapacha em cima da mesa da assembleia uma folha de pasquim onde estava bem escrito que a «deputada iria concorrer» ao lugar a que todos já sabíamos.
Não nos admiramos da informação porque já tínhamos chegado a acordo quanto à votação.

O pior foi quando o dito sobrinho e membro do clã em voz alta, seguindo com o dedo as palavras, conforme estavam no jornal, exclamou para os presentes que sua senhoria «concorria para ganhar – coisa que já sabíamos de antemão – mas se perdesse as eleições não aceitava o lugar de vereadora e muito menos ser oposição».

Como sendo o mais velho deste “rancho de gente” e ouvindo estas palavras, com os nervos, mandei logo uma chapada na cara da minha companheira.

Do fundo da mesa, alguém exclamou:

- Então avô, você que leva os dias inteiros no “largo da boneca” para ver os vestidos novos da sua “sóniazinha”, que adora ouvir as mulheres a cuscarem na casaca da deputada, está agora a bater na avó?

Danado que fiquei com esta alteração às regras pré-determinadas, agarrei o “palinhas” metendo-o na boca, para de seguida botar a palavra da seguinte forma:

- O que está aí escrito a ser verdade só pode ser uma traição para mim e para toda a minha família.
Sendo assim, como mais velho do rancho, desde já fica decidido que não votaremos nessa rapariga.
Tenho dito e assim se escreva. E, ai de quem aqui na família nos pregue alguma traição ou vote em branco.

O mais novo da famelga que não gostou do que foi publicado na gazeta, acrescentou:

- Já não iremos à “Quinta de São José” ou ao “Parque do Carril” nem a lugar nenhum mesmo que a “Sanfona” convide o “Quim Barreiros” ou o “Emannuel”, “.
Raios partam esta gente toda que não podemos confiar neles
Encerre-se a sessão.

Tu, minha fofinha (a minha mulher) mete essas febras a assar na brasa para acabarmos com a mixórdia que já estamos cheios de fome.

Ainda hoje, quando me lembro do Samuel, armado em orador a dar a noticia com aquela cara de parvo sinto que a Sónia nos enganou a todos.

Mas o mais grave foi: termos a “alcofa do farnel” já encomendada para levarmos o almoço para o grande dia da vitória e saiu-nos a incerteza.
Pelo sim pelo não, a família vai-se abster de ter mais assembleias de família para não voltar a dar o dito pelo não dito.

Assim, Sónia Sanfona já não leva uma carrada de votos
E se éramos um rancho de gente!...

Afonso dos Patudos

2 comentários:

Anónimo disse...

A mim não me enganou falou a verdade, e é a verdade que todos nós queremos ouvir e só a verdade... vou esperar pela lista que vai apresentar.
Gostava de ver como vereador o Sr Moreira.

Anónimo disse...

a mim também não me enganou, foi sincera. apostov que vai ter uma lista e um projecto muito credivel a apresentar. com ela, sempre foi assim.
tou contigo, sónia sanfona