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sábado, 27 de junho de 2009

… é preciso ter memória… e saber do que se fala!

DIREITO DE RESPOSTA
Não é preciso ser adivinho (vulgo bruxo) para saber que sempre que aparece alguém a comentar a vida pública e que se identifica, logo “nascem” os arautos da má-língua que, a coberto do anonimato, fazem (ou tentam) o que só sabem fazer: “esfumar a verdade” procurando, dessa forma, reescrever a história… mas a história já se fez e “não passou por aí”! Já lá iremos numa pequena viagem pelo passado recente da vida política de Alpiarça. Fico com a esperança que as afirmações/insinuações que faz resultam do facto de falar do que não sabe .. ou podemos pensar que foi “coisa” encomendada?
Mas, antes disso, dizer-lhe caro amigo, leitor do JA, não me sentiria em nada diminuído se tivesse de pedir desculpa a alguém por algo de incorrecto que tivesse dito ou praticado. Já o fiz diversas vezes ao longo da vida porque só erra quem é autêntico, só erra quem trabalha, só erra quem reflecte sobre a vida colectiva e tem a coragem do o dizer (com assinatura). As mulheres e os homens devem ser reconhecidos não porque são imaculados mas porque são capazes de reconhecer o erro e de pedirem desculpa se for caso disso. Eu sou capaz de reconhecer o erro… até porque, se sou verdadeiramente alguma coisa na vida, é Professor e por isso sei que para ensinar, muito tenho de aprender…
Sobre o que me pede “só gostava que explicasse aos Alpiarcenses” faço com muito gosto e a história até é simples e teve, felizmente, muitas testemunhas (algumas contrariadas, acredito).
Assim e por actos temos:
1. antes das últimas eleições autárquicas fui convidado a participar (convite que me chegou através da Graciete Costa, ilustre amiga) numa reflexão/debate sobre “o presente e o futuro de Alpiarça” o que muito me agradou e onde procurei dar o meu contributo;
2. talvez na sequência dessa participação e de alguma acção/disponibilidade foi convidado, pelo cabeça de lista Dr. Rosa do Céu, a integrar as listas do PS à autarquia;
3. manifestei no lugar próprio e no momento conveniente o que pensava sobre a formação das listas e, sobretudo, daquilo que repetidamente era apresentado internamente no MAR como uma postura/estratégia de ruptura… e, digamos que alguns dos melhores socialistas de Alpiarça acabaram por ser vítima disso;
4. admito que esse convite procurou reforçar as listas e trazer mais gente e gente com outras competências e capacidades para a acção política do PS em Alpiarça. Há sempre um pouco de aproveitamento das pessoas mas, também não somos inocentes e sabemos que a política nem sempre se faz por “linhas direitas;
5. integrei e participei nos processos pré, durante e pós eleições autárquicas, defendendo princípios, valores e ideias, sem nunca me desviar dos mesmo. Actuei pela positiva propondo a debate, e não só, múltiplas iniciativas e acções;
6. transferi o registo da minha militância política para Alpiarça para, dessa forma, me sentir mais engajado e ao mesmo tempo, responsabilizado;
7. procurei entender e acompanhar o processo rebuscado de constituição de listas que acabou com o afastamento do Moreira, da Sónia e da Graciete. Reflectidamente achei, na altura, que me devia manter no processo porque sou dos que pensa que, politicamente, se ganha mais estando “dentro” do que “fora”… uma espécie de resistência interna quando isso faz sentido e se justifica;
8. assisti à tentativa de “assassinato” político da Sónia Sanfona e intervim, activamente, ao seu lado em reuniões do PS Alpiarça, em que praticamente fui quase o único que se levantou em sua defesa (guardo bem na memória quem mais a defendeu nesses momentos);
9. acompanhei empenhadamente a Sónia na tentativa de formar lista e discutir a liderança do PS de Alpiarça. Os factos que na altura pude apreciar foram próprios de um filme da “cosa nostra” de terceira categoria e que culminou com a “chegada” à liderança do PS, do Pedro Gaspar;
10. estive presente na reunião do PS onde, por força das críticas em que participei, o Pedro Gaspar apresentou a sua “intenção” de demissão da concelhia;
11. apoiei a Sónia em outras causa e iniciativas….
Vendo bem, caro amigo, pelo exposto fica mais do que evidente – e procure informar-se com outros socialistas, alguns estão referidos no texto, que estiveram no centro desses acontecimentos – que desta vez não acertou numa sequer! Foi tudo ao lado… azar!
Mas tudo isso já são águas passadas, que não podem desviar do essencial: a firme intenção do PS e da Sónia de renovar a política em Alpiarça num novo ciclo de progresso e de esperança.
E permita-me que o cite “É preciso ter memória…” pois … no seu caso parece-me que é mais uma questão de falar do que não sabe e acredite que coisa que nunca faço é o “reboot” à memória ainda mais quando os acontecimentos estão “frescos” e têm a verdade como “encosto”.
Pedir desculpa à Sónia, se fosse o caso, até fazia de mim pessoa importante… que dispenso, claro. Mas não nego que estou com a Sónia, com a Graciete, com o Pais e todos os outros que aceitem dar de si para levar mais além um projecto de mudança que nos continue a fazer acreditar que Alpiarça não pode baixar os braços e é nos momentos difíceis que devemos ser “verdadeiramente grandes”.
Mas de tudo o que disse e que penso marcar melhor o que quis dizer, foi “São os actos que definem as pessoas e o senhor Dr. como democrata e socialista, deve agir em conformidade, SEMPRE e não por impulso”, que bem podia ser a minha insígnia a colocar no meu estandarte (se estivéssemos na época medieval) ou no meu cartão de visita (no século passado) ou no meu blogue (hoje). E aqui acertou! Sou efectivamente democrata, socialista, republicano, humanista, profundamente solidário e, sobretudo, sou um HOMEM LIVRE (escrevi isto mesmo em tempos passados) e procuro fazê-lo pela positiva e com o máximo de coerência…SEMPRE!!!
Um abraço amigo,
Édio Martins
Nota da Redacção: Como diz o nosso colaborador Édio Martins, e muito bem, «não é preciso ser adivinho (vulgo bruxo) para saber que sempre que aparece alguém a comentar a vida pública e que se identifica, logo “nascem” os arautos da má-língua que, a coberto do anonimato, fazem (ou tentam) o que só sabem fazer: "esfumar a verdade" ...»
Neste jornal, respeitamos as ideias de cada um e publicamos as opiniões de todos. Desenganem-se os leitores, se julgam por estarmos em “campanha eleitoral” que podem dizer tudo escondidos no anonimato.
“Jornal Alpiarcense” não vai permitir tais coisas. Como tal lamentamos decepcionar aqueles que julgam poder “atacar” quem quer que seja nas colunas deste jornal, com saliência para com os nossos colaboradores.
Demos o “direito de resposta” ao nosso colaborador mas já não o faremos para quem quer que seja como não publicaremos comentários que originem situações como agora aconteceu.
“Jornal Alpiarcense” é um jornal de referência e queremos que continue a ser porque os nossos leitores merecem todo o respeito.

3 comentários:

Anónimo disse...

Tenho o maior respeito por pessoas frontais. Que dão a cara ou a palavra. Que argumentam em favor de qualquer causa, mesmo da sua. Que erram e aceitam os seus erros fazendo no entanto um esforço no sentido de os corrigir. Que gritam e em seguida pedem desculpa. Que choram e não têm vergonha de o fazer. Que têm um semblante jovial hoje e um ar de tristeza amanhã e encaram isso com naturalidade. Que conhecem a alegria da vitória e o sabor amargo da derrota. Que respeitam a vontade daqueles que dispensam a ribalta, mesmo mantendo-se no anonimato.

E tenho o maior respeito por que aqui está o Homem puro. Sem artificialismos. Na sua verdadeira essência. Na nudez da sua condição humana.



Senhor doutor Édio Martins, deixe que cada um pense e decida por si próprio e, chegará à conclusão de que escrevendo muito menos dirá muito mais.

Cumprimentos

Anónimo Identificado

Anónimo disse...

Este Édio andou tanto tempo apagado. É agora passados todos estes anos que surge novamente a gritar aos 4 ventos que foi o unico a defender a Sonia. P.f., poupem-me a este espectaculo deploravel

Eu disse...

O risco que se corre nos blogues é que quando se assina um artigo de opinião as ofensas e as mentiras aparecem logo, mas assinadas anonimamente.

Alpiarça teve em tempos um presidente de câmara que chamava cobardes e outras coisas piores a quem escrevia contra ele no anonimato. Mas quando alguém com "os tomates no sítio" tem a coragem de assinar e o enfrentar, logo o senhor presidente trata de os eliminar.

Pelo que tenho lido e ouvido parece que tanto o Édio, como a Sónia, como outros socialistas quiseram saber algumas verdades e começar a chamar os bois pelos nomes, foram "democraticamente afastados".

Esperemos que a Sónia saiba trazer para dentro do Partido Socialista de Alpiarça outra maneira de estar na política, que respeite quem tem opiniões diversas, porque muitas vezes vem-se a provar que afinal a razão estava do lado dos "não alinhados".

Continua a ser para mim muito difícil entender como é que a Sónia se apoia em pessoas que durante anos a fio disseram o pior dela, dentro do seu partido, será que estamos perante outra Sónia que não a Sanfona ou os críticos, arrogantes, bota-abaixistas e falas-grossas mudaram assim de repente de opinião?