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segunda-feira, 31 de agosto de 2009

A suprema hipocrisia

Por: Octávio Augusto


Na elaboração das listas para o Parlamento Europeu e agora mais recentemente, para a Assembleia da República e para as autarquias, vigoraram as normas introduzidas pelas alterações legislativas onde a paridade (pelo menos um terço de homens ou de mulheres nas listas, nas freguesias com mais de 750 eleitores e nos municípios com mais de 7500 eleitores) tinha de ser respeitada.

Quem não cumprisse seria penalizado na subvenção que o estado atribui para a campanha eleitoral.

Como o PCP oportunamente afirmou, tratava-se uma manobra de cosmética da qual os seus principais protagonistas rapidamente se livrariam. Não estavam, nem estão preocupados com a participação das mulheres na vida pública.

Tal como não estavam, nem estão preocupados com a igualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho.

A este propósito recorde-se Odete Santos na Assembleia da República em Março de 2006:

“Os tempos vão, aliás, provando que as cosméticas, em política, esborratam cada vez com mais frequência por mais que se apure a maquilhagem.

O debate sobre quotas de mulheres, eufemisticamente «paridade», tem sido sempre, em toda a parte, uma operação de cosmética. A nível mundial, mas também a nível nacional. “

“Vangloriam-se com a Lei da paridade, mas onde está a paridade nas mais decisivas e determinantes dimensões da vida? Onde está, por exemplo, a paridade nos salários, nas reformas, no acesso às condições de autonomia para decidir da sua própria vida e, até para decidir e participar activamente na vida social e política?”

“Há soluções que aparentando defender e promover a igualdade são apenas retoques de maquilhagem para encobrir as desigualdades efectivas e os mecanismos que conduzem à perpetuação da exploração da mulher.”

O tempo veio dar razão ao PCP.

Estudem-se a composição das listas dos diferentes partidos para o PE, para a AR e para as autarquias e tirem-se as conclusões.

1 comentário:

Anónimo disse...

in 'O Mirante'

A Fundação José Relvas não está disponível para rever os valores dos ordenados dos técnicos que pretende contratar para o projecto de luta contra a pobreza no concelho de Alpiarça. A resposta foi enviada para o município, que não concorda com o orçamento, na tarde de segunda-feira, quando decorria a reunião do executivo municipal. A presidente da câmara, Vanda Nunes (PS), vai pedir a intervenção da Segurança Social e admite a possibilidade de afastar a instituição da gestão do projecto. “Vamos resolver esta situação o mais rápido possível para que Alpiarça tenha o plano de apoio social implementado com a fundação ou com outra entidade qualquer”, declarou na reunião.


Presente na reunião esteve a presidente da Assembleia Municipal de Alpiarça, Vera Noronha, que interveio no final na qualidade de munícipe, para dizer que considera “ uma imoralidade que quase 80 por cento das verbas do projecto possam ser consumidas com ordenados”. Vera Noronha apelou ainda ao executivo municipal para que “independentemente de algumas tentações mais obscuras que possam existir nalguns sectores não percam a finalidade que está subjacente ao protocolo que foi assinado nesta autarquia e que eu presenciei”.


A câmara, que é parceira no projecto e que concordou que fosse a fundação a assumir a gestão do projecto, continua a não admitir que dos 525 mil euros de orçamento do projecto, ao abrigo do Contrato Local de Desenvolvimento Social, 363 mil euros sejam gastos em ordenados de quatro pessoas. E reitera que as verbas devem adequar-se às necessidades do concelho em termos de iniciativas para reduzir a pobreza.

MAIS INFORMAÇÕES NA EDIÇÃO SEMANAL DE QUINTA-FEIRA

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Em jeito de conclusão, parece que a Vanda também não está com meias medidas. Se não há tacho para ela, também não há para mais ninguém.
Tenho que elogiar a atitude dela, muito embora não saiba concretamente os motivos que estão por detrás da mesma.

Uma coisa é certa. A nossa Presidente enviou o recado ao Joaquim Luis Rosa do Ceu e ao PS/Alpiarça é a Razão:
- Ou me resolvem o problema ou não pensem que vou facilitar os vossos cambalachos e pagamento de favores aos candidatos às Autarquicas.

E sabendo como a Vanda e a Sónia simpatizam uma com a outra, cheira-me que a Vanda está neste momento a rir-se da situação e a Sónia a espumar de raiva.

Na pratica o que a Vanda disse à Sónia indirectamente foi: «Se querem arranjar o tacho para o filho do Garrido, então que o façam quando cá estiverem. Comigo não!».

Bem estiveram também os vereadores da CDU que conseguiram desta vez que a CMA alinhasse com eles neste 'grito de revolta'

Isto tá lindo...

AZ