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segunda-feira, 17 de maio de 2010

O articulista confunde um flato com um vulcão na esperança de a nuvem impedir a navegação

Sem pretender ofender, parece-me que o articulista confunde um flato com um vulcão na esperança de a nuvem impedir a navegação.

No entanto, não é vulcão quem quer, mas quem pode, e as nuvens incomodam na exacta dimensão de quem a expele.

Diz o articulista que PSD e CDU, votaram contra a proposta da bancada do PS para que o Ministério Público investigasse os vários processos que colocaram em causa a gestão socialista na Câmara Municipal porque não tiveram coragem para assumir, perante o eleitorado, as acusações que fizeram aos (e não para os) socialistas, e que mais tarde ou mais cedo o (eventual) processo seria arquivado por falta de provas.

Poderia elencar todas as acusações que a CDU tem feito à anterior gestão PS da Câmara Municipal, mas como são muitas, e são do conhecimento de todos, acho que não vale a pena alongar-me. Todavia, pergunto ao articulista, qual ou quais delas, considera que não se encontram provadas ou carecem de melhor prova.

O PSD e a CDU, com o sentido do seu voto, mostraram uma atitude responsável, de quem procura recuperar, o mais rapidamente possível, as condições para o normal funcionamento da autarquia.

O PS teve um comportamento como o daquele menino na escola, que dá uma canelada ao colega de carteira e põe-se a chorar, para que a professora castigue o colega.

Responsavelmente, o que é que a Câmara Municipal, enquanto entidade, teria a ganhar com um processo em tribunal? Seria indemnizada? Seria ressarcida dos juros e multas que teve de pagar por erros de gestão dos executivos anteriores?

Na sessão da Assembleia Municipal de 27.02.2008, um eleito do PS justificava a votação da sua bancada na questão do programa pagar a tempo e horas dizendo considerar esta (a da altura) câmara uma pessoa de bem, independentemente de ter ou não capacidade financeira – tal como as pessoas que não pagam a água por não ter dinheiro também são pessoas de bem.

Só a título de exemplo; a Câmara obrigou-se, em reunião de conciliação no Conselho Superior de Obra Públicas, realizada em 14.07.2006, a pagar no prazo de um mês, a dívida à Somague, no valor, na altura, de 278.215,01 euros.

Até ao fim do mandato, não a pagou. E agora foi condenada a pagar a dívida e mais os juros, etc., etc., etc..

Então, onde é que ficamos, é a CDU que agita fantasmas, ou a Câmara que, já em 2006, não tinha capacidade para honrar os seus compromissos, e não voltou a ter.

O tribunal da opinião pública já fez o seu julgamento em sede eleições autárquicas. Será que não tinha provas?

Voltando ao tal menino da escola, bem podes chorar, que os colegas de turma viram bem o que fizeste, e mesmo que a professora não tenha visto, eles encarregar-se-ão de te desmascarar.

Um leitor devidamente identificado