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sábado, 17 de julho de 2010

Concentração de vespas juntou entusiastas das duas rodas de todo o país

Uma semana depois da concentração do “Vespa World Days” em Fátima, a Foz do Arelho foi o local eleito para o primeiro encontro de todos os entusiastas desta marca e tipo de moto, no passado domingo, 11 de Julho. Mais do que um encontro de vespistas, a concentração teve uma missão: incluir a Foz do Arelho no circuito nacional de concentração de vespas.
Da Vespa LX50, Famel, Vespa 250, passando pela maior Vespa GTS300 e pela mais pequena s50, até à conhecida acelera Floret, os modelos clássicos e mais modernos não faltaram à chamada do organizador João Sardinheiro.
Natural de Alpiarça, João Sardinheiro vive há pouco tempo na Foz e o seu trabalho é fazer restauro de motos. A paixão pelas Vespas começou em 2003. No evento de Faro, um amigo disse-lhe que tinha restaurado uma Vespa. “Achei que a moto tinha ficado muito engraçada. Depois esse amigo convidou-me para ir a casa dele e quando lá cheguei deparei-me com um museu de Vespas em miniatura, livros, estatuetas e quadros. A partir desse dia ficou aquela coisa: vou procurar uma Vespa”, contou.
Hoje João Sardinheiro tem outro objectivo: “gostaria de incluir esta concentração no calendário nacional de encontro de Vespas e tentar dentro do associativismo que está aqui presente, criar a possibilidade de uma secção exclusiva para Vespas”.
Gente suficiente para criar um núcleo de vespistas esteve a concentração na Foz do Arelho. Vieram de Tomar, Sintra, Vila Nova da Barquinha, Fátima, Alhandra, Cartaxo, e claro, também da zona das Caldas. Ao todo, alcançou-se os 70 participantes, ou seja, um número superior ao que se havia esperado.
“É o ano das Vespas”, afirmou o organizador do evento. Mas a febre não é de agora. Começou em 2004 num encontro europeu em Lisboa. Desde daí, o valor destes motociclos vespas disparou. Não se consegue obter esta moto por menos de 1500 euros. “Quem já tinha vespas, não tinha a noção do que tinha em casa. É uma marca que está situada mundialmente e tem a sua história bem definida”, disse João Sardinheiro.
E o certo é que esta “febre” foi bem visível no “Vespa World Days”, cujas inscrições estavam limitadas a 2010 motos e acabaram por aderir cerca de 3000 participantes. “Em comparação com o calendário do ano anterior, este ano não há um fim-de-semana que esteja livre de um encontro de Vespas, no qual se conseguem juntar várias gerações”, explicou João Sardinheiro.
Menos de três litros aos cem
E qual a razão deste interesse pela Vespa? A lei que permite aos 14 anos tirar uma licença especial de condução veio dar uma ajuda. Mas há mais: “é uma viatura económica que não consome mais do que três litros por cada cem quilómetros”. De resto, “quem tem uma Vespa não está pelas prestações da velocidade, é um estatuto, uma maneira de estar na vida”.
A admiração por estes veículos de duas rodas apreende-se desde jovem, que o diga Pedro Paulino. Tinha 16 anos quando teve a sua primeira Vespa, mas quando tirou a carta de ligeiros vendeu-a. “Entretanto renasceu a paixão pelas Vespas e adquiri uma há quatro anos”, contou. Custou-lhe 1250 euros, já com restauro incluído.
O amor por estas motas passou para o filho David, de 17 anos. “Foi o meu pai que me incutiu o bichinho das Vespas. Comecei a gostar de andar nas concentrações com ele e há um ano ingressamos nos Gandas Vespas de Mira D’Aire”, disse. Em breve, David Paulino vai começar a tirar a carta, mas entre os automóveis e as motas, “gosto muito mais das Vespas”, confessou o jovem, enquanto olhava com orgulho para a sua S50 amarela.
O primeiro encontro de vespistas foi marcado por uma visita ao museu da Cerâmica e por um passeio pela Foz do Arelho. Mas durante o almoço, no restaurante Adega Real ,ainda houve tempo para uns sorteios – de uma máquina fotográfica Polaroid Digital, kits de emergência auto e embalagens de chás.
O próximo encontro de Vespas é no domingo em Torres Novas, enquanto que em Faro está decorrer a 29ª concentração internacional de motos.
Por:Tânia Marques
(Gazeta das Caldas)

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