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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Há 68500 licenciados e mestres no desemprego

Por Ramiro Marques

Se estes números não comovem os portugueses, isso quer dizer que o grau de insensibilidade atingiu um nível preocupante.
Quando as gerações mais velhas, regra geral bem instaladas na vida e a gozarem as delícias dos direitos adquiridos, não têm sensibilidade para os constrangimentos políticos que estão a condenar os jovens licenciados, mestres e doutores ao desemprego prolongado, não há futuro para o nosso país.
Se os portugueses não aceitarem uma redução das funções do Estado, um recuo do Estado na economia e na sociedade, leis laborais mais flexíveis, prolongamento da vida activa e redução da carga fiscal, o fenómeno do desemprego prolongado de jovens licenciados, mestres e doutores não cessará de se agravar.
O Estado Social faliu. Querer mantê-lo é impedir a criação de ambientes favoráveis ao investimento, criação de riqueza e emprego.
O futuro dos jovens licenciados, mestres e doutores foi capturado pelo presente das gerações mais velhas: as gerações que tudo quiseram, tudo tiveram e só deixaram dívidas.
Também os licenciados tiveram um péssimo Verão. A taxa de desemprego entre as pessoas com curso superior disparou 21,5% entre Julho e Setembro, existindo agora 68,5 mil desempregados com estas qualificações - eram 54,8 mil no segundo trimestre