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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

A Câmara Municipal de Alpiarça está de parabéns

A Câmara Municipal de Alpiarça está de parabéns.
O concelho de Alpiarça, finalmente, está a ficar mais limpo.

Um batalhão de gente, vinda do desemprego, operação articulada entre Câmara Municipal de Alpiarça e Segurança Social, está a limpar ruas e cantos de Alpiarça bem como todos os lugares do concelho.
O batalhão de limpeza já passou pelo Frade de Baixo, Frade de Cima, Gouxaria encontrando-se neste momento a limpar ruas e jardins de toda a zona envolvente da Casa do Povo, Centro de Saúde e Agrupamento de Escolas José Relvas.
Os moradores mostram-se surpreendidos e ao mesmo tempo satisfeitos pelo facto de verem alguém a retomar as práticas de limpeza que existiram noutros tempos.
Esperam, no entanto, que este trabalho continue e não seja sol de pouca dura - como dizia um reformado, extasiado pela movimentação de gente, vassourase tractores.
Fica o registo, neste caso positivo para a autarquia e Segurança Social, com a promessa de continuarmos a olhar de modo crítico para o que se passa no nosso Concelho. 
Com a procura do rigor, isenção, objectividade e liberdade de informar quem nos lê.
Esse é o nosso propósito, independentemente de a notícia agradar mais a uns ou menos a outros.

Repórter Y

10 comentários:

Anónimo disse...

2.2. O exército de reserva industrial

Marx disse que as economias capitalistas, para seu funcionamento dia após dia e ano após ano, necessitam de um "exército de reserva industrial", uma reserva de gente pobre que pode ser utilizada e desprezada à vontade do capitalista. O desenvolvimento econômico não se processa suavemente sob o capitalismo. Quando se abrem novos mercados produzem-se momentos de grande expansão: inclusive velhas indústrias em declínio prosperam de novo em época de auge econômico. Em tal situação, a economia necessita de mudança rápida de mão-de-obra; uma reserva de mão-de-obra faz-se necessária para convertê-la em força de trabalho quando se necessita e despedi-la rapidamente assim que diminua a demanda ou o exija a mecanização. A utilização da reserva de mão-de-obra em épocas de rápido desenvolvimento econômico impede que a mais-valia pare a mão-de-obra, em lugar da acumulação de capital.

Marx divide este exército de reserva industrial em três tipos: latente, flutuante e intermitente. Em primeiro lugar, a parte latente do exército de reserva industrial é gerada pela mecanização agrícola, que produz um excedente de população rural "constantemente em condições de ser absorvido pelo proletariado urbano ou manufatureiro, e na espreita de circunstâncias propícias para esta transformação". No Século XIX e princípios do XX, o camponês europeu formou uma reserva de trabalho latente para a indústria americana, e os negros do sul e outros grupos rurais minoritários desempenharam o mesmo papel durante os últimos cinqüenta anos." Em segundo lugar, a reserva flutuante está composta por trabalhadores, atraídos às vezes pela indústria moderna e rechaçados por outras, especialmente jovens e pessoas mais idosas nos tempos de Marx, mas agora em grande parte imigrantes recém chegados da cidade e antigos imigrantes marginalizados que, de outro modo, subsistem graças aos seguros sociais. Em terceiro lugar, a reserva de trabalho intermitente é uma parte do exército de mão-de-obra ativa, que tem um emprego sumamente irregular. Tem os mínimos salários (devido à competição premente das massas de trabalhadores latentes ou flutuantes) e as condições de vida desse grupo estão abaixo do padrão do resto da classe operária. Nos tempos de Marx, a força de trabalho intermitente era utilizada principalmente em indústrias domésticas pequenas e irregulares, se bem que se utilizasse também como reserva potencial de mão-de-obra barata nas indústrias regulares. Hoje se utiliza na "economia periférica" ou no "mercado de trabalho secundário", onde os trabalhadores têm uma produtividade baixa, uns salários abaixo do padrão e empregos instáveis. Uma vez mais, os grupos de minorias culturais e raciais constituem parte importante da reserva de trabalho intermitente.

Assim, pois, o essencial do raciocínio marxista é que a desigualdade não é um "mal temporal" nem a pobreza um "paradoxo surpreendente" nas sociedades de capitalismo avançado; em vez disso, a desigualdade e a pobreza são vitais para o funcionamento normal das economias capitalistas. A desigualdade é necessária para produzir uma força de trabalho diversificada, por seu papel na produção de um excedente expropriável e por sua função como incentivo para trabalhar. A mecanização, a automatização e o ritmo desigual do desenvolvimento econômico produzem inevitavelmente desemprego, subemprego e pobreza. A desigualdade está na base de todo sistema econômico de vida.
As contradições quando os marxistas utilizam as aramas do capitalismo.

Anónimo disse...

Acho muito bem, se recebem um subsidio, seja qual for, e não há emprego, há que dar trabalho a essas pessoas(de acordo com as competencias de cada um), pois quem ainda o tem, faz os seus descontos para pagar parte desses subsidios, não é sair de casa para trabalhar e vêr ALGUNS desses subsidiodependentes de perna cruzada nos cafés, e quando chegamos, onde é que eles estão? No mesmo sitio.

Anónimo disse...

Assim é que é. Dizer as coisas como são.Dizer bem quando há razões para isso e dizer o contrário quando as coisas estão realmente mal. Criticar, chamar à atenção para qualquer situação, com base em opinião pessoal ou colectiva, é dar uma oportunidade a quem não fez o que deveria ter feito ou fez mal, de rever as coisas e corrigi-las se for caso disso e se assim o entender.
É que, mesmo quando se faz bem, devemos ter a pretensão de fazer sempre mais e melhor.

Leitor atento

Anónimo disse...

Finalmente! O que advogava há muito começa a acontecer.
Espero que não fique por aqui. Haverá muros públicos, valas para serem limpas e muitas outras coisas que podem ser feitas por pessoal indiferenciado.
O próprio Patacão não precisaria de limpeza voluntária se:
- Os porcos que o sujam fossem fortemente penalizados e obrigados durante N meses a zelar que o Patacão estivesse limpo.
- Em vez de limpeza voluntária, aqueles que comem à mesa com os nossos impostos dessem um pouco do que recebem e tomassem a cargo essa tarefa.
Penso e defendo que os desempregados e beneficiários (com saúde) do RSI não devem ser explorados por se encontrarem nessa situação.
Mas como contrapartida deveriam ser obrigados a diariamente (manhã ou tarde) prestar serviço comunitário.
No tempo restante então poderiam procurar emprego (ou buscar os valiosos carimbos) ou utilizar o tempo como quisessem.
É uma afronta a quem trabalha e a quem paga impostos que se tenha permitido o surgimento deste modo de vida: a subsidio dependência.
Espero é que estas medidas não atinjam só os da "maioria". Espero ver, e como medida de integração, que esse trabalho seja também feito por ciganos portugueses, romenos ou outros.
Não podem continuar a queixar-se que são marginalizados, que ninguém lhes dá trabalho, e quando o mesmo aparece, "são gente muito doente".
Endereço os parabéns neste caso à CMA, à Seg. Social e que prossigam a integração de mais beneficiários de prestações sociais em funções produtivas de apoio à comunidade.
Quanto à varredora alugada, a CMA pode cancelar o contrato e poupar dinheiro. Só se justifica quando não houver desempregados...

Anónimo disse...

E porque não os reformados por antecipação da política?

Anónimo disse...

E porque não os que desviaram dinheiro da Banca, dos impostos, os que viveram e vivem do suor dos "mendigos" assalariados de Leste, dos que desviaram fundos comunitários para seus interesses particulares, os que colocaram o país à beira da banca rota?

Anónimo disse...

Parece que o estado de graça daqueles que acham que devem receber o dinheiro dos descontos de quem trabalha, sem nada dar em troca à comunidade, está a terminar.
Temos muito trabalho de interesse público a fazer. É só uma questão de coordenação.Temos milhões de Euros a sustentar gente que até gostaria de ter uma ocupação. Outros, como diz o meu vizinho Victor, sofrem de ergofobia. Nada como um emporrãozinho para lhes tirar esse horror ao trabalho.
Poupava-se na saúde pública, psicofármacos,estabilizadores da tensão arterial etc.
Muitas idas aos hospitais e centros de saúde causadas pela incerteza do amanhã e pelo drama de nada fazer,iriam decrescer acentuadamente e, ganhava-se em trabalho em prol da sociedade.
Há trabalhos que não matam ninguém e são lenitivos para muitos males.
É evidente, que o ideal seria a normalidade dentro de uma sociedade organizada com a lei da oferta e da procura mas, entre dois males, devemos escolher o menor até ultrapassar esta fase crítica.
A hora não é de cruzar os braços e dizer que tudo é culpa da crise.
O País precisa de uma grande mexida a todos os níveis. Há que fazer mexer as pessoas e instituições metendo também,como parece óbvio, alguns políticos a "mexer" - como diz o Povo.

Xico Frade

Anónimo disse...

Muitos Parabens aos organismos competentes nesta matéria, só com medidas destas, poderão dar novamente, alento e credibilidade à politica. Há muito trabalho comunitário que pode muito bem ser feito por desempregados,como já disse aqui alguém, muros por pintar, varrer ruas, ajardinar espaços, enfim conservar o patrimonimo de todos nós é um trabalho gratificante, ainda mais quando se é beneficiario de subsidios estatais.
Estas pessoas devem sentir-se honrradas e gratificadas,para além de prestarem serviços á comunidade, adquirem experiencias e habitos de trabalho, de horarios, de convivencia, e principalmente de zelo pelo patrimonio público.
Seria pedir muito, mas estas medidas deviam ser alargadas a todos os bebeficiarios (reformados e desempregados) da politica, aqueles que à custa dos lugares que ocupavam usufruem de pensões ou subsidios.

Anónimo disse...

Depois de chegar do trabalho, costumo dar uma olhadela pelas notícias locais que é como quem diz, visito os blogues locais em actividade.
Não terei dúvidas em afirmar de que este blogue, jornal, JA ou como queiram chamar, para além de um ou outro colaborador ou comentador que por vezes ultrapassa os limites da notícia ou da opinião, tem gente muito séria e capaz, com grande nível cultural que facilmente identificamos através dos seus escritos.
É natural que a crítica não seja muito bem aceite pelos criticados mas, em democracia e quando se têm cargos públicos tem de se saber lidar com isso. Ninguém pode ter a pretensão de agradar a toda a gente ou satisfazer todas as necessidades.
Por isso penso que por vezes com um pouco de diálogo as coisas até se resolvem da melhor maneira sem ser preciso andar com ameaças e outras coisas que só desgastam e prejudicam quem as profere.
Como se diz em bom português, "A falar é que a gente se entende".
Esta é a minha modesta opinião.
E, apesar de se dizer que não visitamos que não lemos e tal, sempre se dá uma espreitadela para ver, quanto mais não seja, se dizem mal da gente. Não deixem esse trabalho só para blogues que parecem ter nascido só para comentar e combater outros blogues.
Cumprimentos a todos.

Faustino

Anónimo disse...

Ó senhor Faustino, não obstante ter apreciado a sua prosa, essa dos "blogues que parecem ter nascido só para comentar e combater outros blogues" traz água no bico. Até me faz lembrar os tempos remotos em que havia a contra-informação.
Não se importa de ser mais específico ou explícito na sua afirmação? É que essa não atingi.
Como estou a leste dessas querelas locais,gostaria de saber mais.
Cumprimentos para si também e conte-me se porventura teve direito a destaque nos tais sítios que refere, por ser apaziguador de ânimos exaltados e apologista do diálogo. Combinado?