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terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

CGTP respeita propostas do PS, mas "é preciso ir mais longe"


O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, afirmou  que "é preciso ir mais longe" do que defender junto da 'troika', como o PS, que Portugal tenha "pelo menos mais um ano para consolidar as contas públicas".
"Respeitamos essa proposta, mas, na nossa opinião, é preciso ir mais longe, não podemos ficar por aqui", afirmou Arménio Carlos aos jornalistas, após uma reunião com o coordenador do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, na sede do partido, em Lisboa.
Durante o encontro que manteve  durante hora e meia com os responsáveis da 'troika', o secretário-geral do PS, António José Seguro, reafirmou que é desejável que Portugal "tenha pelo menos mais um ano para consolidar as contas públicas".
A CGTP vai reunir-se na quinta-feira com a 'troika' e levará, em primeiro lugar, uma avaliação negativa do programa, que "não foi bom para Portugal, não foi para os portugueses, embora possa ter sido bom para o Banco Central Europeu, para a União Europeia e o FMI, que não tem deixado de ganhar muito dinheiro e também para os especuladores".
Arménio Carlos defende a "renegociação da dívida em relação aos prazos, aos juros e aos montantes", bem como o "prolongamento do período da redução do défice".
"O país precisa de crescer economicamente. Esta questão de implementar em Portugal as mesmas regras que à Alemanha para reduzir défice para 3 por cento 2013, independentemente dos sacrifícios que possa trazer aos portugueses e ao país, parece-nos despropositada e disparatada", argumentou.
A CGTP levará à 'troika' a defesa do "investimento público" e de "um setor produtivo virado não só para as exportações", mas também para o mercado interno, de forma a "responder às necessidades internas e simultaneamente reduzir as importações e o endividamento".
A central sindical defenderá ainda a aposta num "emprego de qualidade, a par do aumento do poder de compra das famílias", realçando que "Portugal já é o país mais desigual da União Europeia e, porventura, se a alteração da legislação laboral viesse a ser um facto, Portugal acentuaria essas desigualdades nos próximos tempos".
A CGTP reuniu-se com o Bloco de Esquerda para "apresentar os documentos aprovados no congresso", e para "discutir a situação do país", referindo a "importância da greve geral" convocada para 22 de março e para qual Arménio Carlos apelou à "participação de todos sem exceção".
O coordenador nacional do Bloco prometeu empenhamento numa greve que será "um grande momento para que Portugal possa defender-se da destruição".
«Lusa»

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