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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

PSD e CDS alegam que está em curso o processo de venda. Inquérito pedido pelo BE está a criar incómodo na maioria


A investigação parlamentar pedida pelo Bloco de Esquerda às contas do BPN após a nacionalização e à venda do banco ao BIC deverá ficar pelo caminho. Fonte do grupo parlamentar do PSD disse ontem ao Diário Económico que a bancada "vai chumbar" a proposta dos bloquistas porque entende que não deve ser criado um inquérito parlamentar ao mesmo tempo que decorre o processo de privatização que o Governo está a conduzir. Em contrapartida, o PSD vai deixar passar a auditoria ao banco proposta pelo PCP, e que inclui apenas uma investigação à nacionalização (deixando de fora o processo de venda). O facto de o Bloco querer abranger no inquérito a privatização do BPN é o argumento usado pelo PSD para rejeitar a iniciativa (que carece da maioria dos votos dos deputados em efectividade de funções).
No CDS, a situação está a causar incómodo e, ontem, Nuno Magalhães, líder parlamentar, recusava revelar o sentido de voto. No entanto, o CDS, como parceiro de coligação, não tem muita margem para votar em sentido contrário ao do PSD, ainda que esta matéria seja sensível entre os democratas-cristãos, que desde sempre fizeram da fiscalização à banca e da transparência uma das suas bandeiras. No entanto, as palavras de Nuno Magalhães ao Diário Económico deixam antever que, apesar do incómodo - "não temos nada contra a comissão de inquérito" - o CDS acabará por votar contra, alegando o ‘timing'. "Está uma privatização em curso e convém que o Estado faça o melhor negócio possível", adiantou em declarações ao Diário Económico o líder parlamentar do CDS, que aprovará também a auditoria do Tribunal de Contas.
Fonte:«Económico»
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