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quinta-feira, 18 de outubro de 2012

LEITOR ESCLARECE: "Gastou-se o dinheiro que não havia para alimentar luxos e não por necessidade"

Essa história dos fundos comunitários é a prova da irracionalidade dos nossos políticos e de alguns empresários.
Se me derem 80% de fundo perdido para comprar um Ferrari, não quero.
E porquê?
Em primeiro lugar, porque o Ferrari não é o carro que preciso para a minha vida.
Segundo, embora me "ofereçam" 80%, terei de arranjar 20% que não tenho.
Para arranjar esses 20% terei de me endividar num valor superior ao que o meu nível de vida permite.
E o carro que tenho, com um ou outro remendo vai andando, e vou tendo o dinheiro suficiente para viver normalmente.
O que pretendo dizer com isto, e para que serve este exemplo do carro?
É similar ao que se passou no País. Gastou-se o dinheiro que não havia para alimentar luxos e não por necessidade.
Resultado, agora nem temos dinheiro para a gasolina e o carro está parado na garagem.
Precisamente o que acontece por todo o País, com autoestradas desertas, piscinas e pavilhões desportivos pouco frequentados, etc...
Este artigo serve para aqueles que exigem obras a qualquer preço e que pretendem continuar a tudo exigir, sem se lembrarem que alguém terá de pagar.
E quem terá de pagar? Aposto que não são as classes mais privilegiadas...
 Noticia relacionada:
"DIVIDAS: "Agora que é preciso pagar as enormes dív...":

2 comentários:

Anónimo disse...

A sua apreciação está correctíssima. Um exemplo gritante de investimentos sem qualquer sentido foram os estádios de futebol construídos para o campeonato europeu de futebol. Possivelmente metade podia ter ficado na gaveta do arquitecto.

Mas era o modelo de desenvolvimento que tínhamos, muito assente no sector da construção, que como sabe é transversal à nossa economia e sociedade.

A título de reflexão, e relativamente a Alpiarça, consegue apontar algum dos investimentos realizados pelo anterior executivo (PS/AR) que devia ter ficado na gaveta?

Anónimo disse...

Concordo com este comentário ...mas (há sempre um mas, porque a vida, infelizmente, não é uma linha reta e certo ou errado só em matemática e mesmo assim só às vezes). Vejamos o caso de Alpiarça. Deixaria cair o museu e não aproveitava os fundos comunitários? Não fazia o pavilhão da escola e os alunos continuavam a fazer educação física na rua? Impedia que dezenas ou centenas de pessoas usufruissem dos benefícios de praticar natação ou hidroginástica? Continuava a passar com o seu belo carrinho, mesmo que não fosse um Ferrari, em estradas de terra batida? São só alguns exemplos, poderia dar outros. Claro que muitas obras não são essenciais, mas se calhar há que aproveitar a única oportunidade que há para serem feitas.