.

.

.

.

domingo, 27 de janeiro de 2013

A sociedade mercantilista

A sociedade mercantilista é mesmo muito contraditória. Apesar de sabermos que vivemos de meios limitados, onde a escassez determina, inclusive, a existência da economia como ciência, adoptamos um modelo que, longe de dar conta de suprir as necessidades mais primárias da população, dá-se a criar necessidades supérfluas, uma espécie de passatempo permanente no qual se consomem as vidas sem que haja possibilidade de parar para pensar no porquê. De um lado, a super-oferta de novidades entretém os entusiastas desse alpinismo, que esperam encontrar a razão da existência no cume das possibilidades materiais - o êxtase dos prazeres plenamente satisfeitos. Ficarão surpresos ao chegar lá em cima e ainda assim ter a sensação de que há algo mais a satisfazer - sem saber o quê. Outros morrerão de fadiga no caminho. Do outro lado está a massa humana que não compreende como tudo é possível e, contudo, suas necessidades tão simples são impossíveis de satisfazer.
Um sistema irracional, enfim, que nega a capacidade humana de trabalhar com inteligência. Mas no fundo, é tudo falta de amor, tudo obra de seres rancorosos que não gostam de pessoas, de animais ou de plantas. Não é à toa que sonham ir morar na Lua. Gostaria eu mesmo que fossem, mas que deixassem a Terra ainda fértil para aqueles que gostam dela. Mas não, consumi-la-ão todinha, até o último caroço como uma praga que infesta e apodrece uma fruta.
Façamos, então, pelo fim desse sistema parasita.

Sem comentários: