.

.

.

.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

NOSTALGIA

Artigo de Opinião
Por:  Sommer

 
Não consigo olhar para esta foto sem sentir para além de nostalgia um sentimento de profunda tristeza por ver ao ponto a que chegou um edifício emblemático de Alpiarça. Este velho edifício é sem qualquer dúvida um dos ex-libris de Alpiarça, talvez em segundo lugar, logo a seguir ao Museu dos Patudos, antiga habitação de José Relvas.

O secular edifício não aparenta a grandeza que possui por ficar tapado pelos altos edifícios em redor, mas não sei se há outro igual ou semelhante em Portugal com os seus torreões a lembrarem a Igreja de S. Basílio - Kremlin - Moscovo. Outrora chamado de Administração por ali funcionar durante muitos anos a Câmara Municipal, Finanças, Tesouraria da Fazenda Pública, Notário e Conservatória, já esteve totalmente reabilitado quer interior quer exteriormente pelo executivo antes da chegada ao poder de Rosa do Céu, e ali já funcionou a o Centro de Cultura e a 1.ª Biblioteca Municipal de Alpiarça, mas agora está numa degradação que mete dó, fazendo lembrar um pouco o que se passa por essa Alpiarça fora onde as suas gentes perderam o brio de outros tempos em que as fachadas das suas casas metiam faziam inveja a terras vizinhas.
 
Voltando ao tema, quis o infortúnio e a falta de visão do executivo liderado por Rosa do Céu que um dos torreões revestido a "gomos" de chumbo/estanho começasse a levantar algumas chapas e em vez de reparado (bastaria soldadura a estanho) foi mandado ao chão com toda a estrutura interior em madeira que lhe serve de moldura e suporte.

Admirável, ou talvez não, como um vereador que até era bacharel em engenharia civil coadjuvado pelos serviços técnicos da autarquia cometeram tal burrice, mas enfim... perdoa-lhes Senhor que eles não sabem o que fazem!
Não resta agora outra coisa ao executivo alpiarcense, seja ele comunista, socialista ou anarquista, do que apelar aos bons ofícios do ministério que tutela a GNR, que ali mantém o seu aquartelamento há dezenas de anos, para que ajude com uns bons milhares de euros do estado ou de fundos comunitários, para restituir àquele velho edifício a dignidade que ele não só merece, como tem direito.

1 comentário:

Anónimo disse...


Que pena um edifício emblemático de Alpiarça esteja a estragar-se dia após dia e que tanto significado tem para os alpiarcenses para além da sua localização e de fazer parte do património municipal.
A Câmara podia tentar arranjar o mesmo sem gastar um cêntimo. Basta que convide uma empresa disposta a fazer obras de conservação ao abrigo da Lei do Mecenato.
Muitas Câmaras salvam o seu património ao abrigo desta lei porque beneficia as empresas no IRC. São exemplos as grandes limpezas dos monumentos que existem em muitas cidades
deste país.