.

.

.

.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Portugal perdeu 165 mil postos de trabalho num ano

 Em apenas um ano, a economia portuguesa assistiu à destruição de 165 mil postos de trabalho, tendo a taxa de emprego descido para os 61,9% no terceiro trimestre do ano passado. Esta evolução coloca Portugal como o segundo país da OCDE onde esta taxa mais caiu naquele período. Pior, só na Grécia.
No final de setembro, Portugal contava com 4,35 milhões de pessoas empregadas, sendo este o universo mais reduzido desde 2008, segundo indicam as estatísticas trimestrais do emprego ontem divulgadas pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), que reúne os países ocidentais.
A comparação com o trimestre terminado em junho revela uma quebra no número de empregos da ordem dos 28 mil. Ou seja, naquele período, a taxa de emprego desceu de 62,3% para 61,9%. No conjunto da zona euro, apenas a Grécia, a Estónia e a Dinamarca registaram quebras mais acentuadas.
A comparação homóloga é igualmente reveladora dos efeitos da crise económica. Há um ano, a taxa de emprego medida pela OCDE era de 64,4% (correspondendo a 4,526 milhões de pessoas), o que significa que, neste período de tempo, a economia portuguesa assistiu à destruição de 165 mil empregos.
A quebra homóloga da taxa de emprego (que mede a proporção de pessoas empregadas entre os 15 e os 64 anos) foi em Portugal de 2,55 pontos percentuais, apenas ultrapassada pela Grécia, onde se registou uma descida de 4,6 pontos.
Esta situação negativa em dois dos países que são alvo de um programa de assistência financeira internacional não tem paralelo na Irlanda, onde os dados da OCDE indicam crescimentos homólogo e trimestral do nível de emprego, tendo este atingido os 58,8% em setembro de 2012.
«DE»

Sem comentários: