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sexta-feira, 28 de junho de 2013

Passos: O recordista das greves

  O Governo de Passos Coelho insiste em dizer que foi o único a conseguir reduzir significativamente a dívida pública do País. Mas hoje, o seu recorde é outro e em modo duplo. Nunca um primeiro-ministro passou por quatro paralisações durante o seu mandato, e muito menos por duas greves gerais com a união das duas centrais sindicais, escreveu ontem o jornal i.
 O dia foi greve geral no País e de recorde em São Bento. Isto porque Passos Coelho foi o único líder do governo a contar com quatro paralisações, que incluem duas greve gerais, organizadas em conjunto pela CGTP e pela UGT.
Confrontado com a paralisação de ontem, o primeiro-ministro disse ontem no Parlamento, durante o debate quinzenal, que respeita o “direito inalienável”, mas que o País "precisa menos de greves e mais de trabalho e rigor".
Para o líder da CGTP, Arménio Carlos, esta declaração de Passos é “própria de quem lida mal com opiniões diferentes, com o funcionamento da Democracia e com direito à greve".
Para o sindicalista, o dia de hoje é uma oportunidade de os portugueses mostrarem ao governo o que pensam de uma frase como esta, e Arménio Carlos adiantou ao jornal i que "os trabalhadores não deixarão de dar a resposta" às palavras do primeiro-ministro, esperando "uma grande adesão" à greve, o que "deixará o governo mais fragilizado".
Já Carlos Silva, responsável pela outra central sindical, a UGT, reagiu à frase do primeiro-ministro dizendo: "O País também precisa de um governo com mais sensibilidade social e mais sensatez". Segundo o líder sindical, "os trabalhadores portugueses trabalham bastante. O que parece que este governo pretende é que haja trabalho gratuito. Isso já aconteceu durante 48 anos".
Na opinião de Carlos Silva, a greve geral acontece num momento em que "a situação económica e social está explosiva". E para o sindicalista "estão reunidas as condições para que as pessoas digam 'basta' ao governo".
«NM»

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