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terça-feira, 30 de julho de 2013

A festa é para toda a população de Alpiarça

Por: J. Freitas

"Era o que mais faltava era numa festa pública, não se poder dizer de onde se é, ou qual o partido que se simpatiza" - escreve um comentarista (ler: . "IV FESTIVAL DO MELÃO - Colóquio": ).
Por acaso, gostaria de ver o "melão" dos dirigentes da CDU, se a mesma cantora dissesse no palco onde estava a trabalhar para o entretenimento de gente de várias ideologias políticas, que era do PS ou de outro partido qualquer e que até tinha cartão e tudo. Seria o bom e o bonito! Aliás, são cenas puramente demagógicas e infelizes que deveriam ser evitadas. A festa não é só para comunistas. A festa é para toda a população de Alpiarça que com o dinheiro dos seus impostos pagou o cachet a esta profissional. A menos que tivesse vindo a custo zero só para fazer campanha a favor da CDU. Mas para isso, as pessoas deviam ser devidamente informadas de que se tratava de um espetáculo promovido não pela Câmara Municipal de Alpiarça, mas sim pela CDU e ficava o assunto resolvido.
Todos nós já assistimos a muitos espetáculos promovidos por câmaras de municípios vizinhos desde o 25 de Abril de 1974, a esta parte. Agora, façamos um pequeno esforço de memória e vejamos onde é que alguma vez vimos um "espetáculo" de bajulação política como este?
É óbvio que a artista não aparece aqui só para demonstrar os seus já reconhecidos dotes vocais e comer uma talhada de melão. Ela veio buscar aquilo com que se compram os melões e, com uma mão lavou a outra.
Essa é que é a realidade e, faz jus ao conhecido sistema: "jobs for boys & girls" que grassa na política a todos os níveis, sem exceção.


1 comentário:

Anónimo disse...

Mais razão que um santo!

Também eu me indignei com esse infeliz trecho do comentário.
Às vezes quando leio certas tiradas fico sem saber se as pessoas escrevem a sério, se é humor negro, ou se pensam mesmo assim.
É precisamente por esse tipo de cegueira partidária que não voltarei a votar CDU.
As pessoas antes de escreverem alguma coisa deviam pensar que antes de filiados num partido político, são cidadãos e têm amigos e familiares que não partilham das suas convicções.
O meu falecido pai sempre me ensinou que "não faças aos outros o que não queres que façam contigo".
Um conselho sábio e que tem determinado a minha forma de estar e viver e foi essa mensagem do avô que transmito aos meus filhos.
Sem essa forma de estar e de ser, é pouco provável que consigamos viver em sociedade.
Ao prejudicar o vizinho, o colega de trabalho ou seja quem for, podemos ter como retribuição que nos façam o mesmo e aí criamos um conflito.
Ao achar bem que quem vem cantar numa festa paga pelo erário público aproveite a ocasião para fazer campanha partidária, estaremos a aceitar que quando estamos na oposição é lícito que nos façam o mesmo.
Mas neste caso o problema não acaba aqui.
A Feira do Melão só tem razão de existir se for virada para o exterior.
O combustível que alimenta, ou deverá alimentar no futuro a feira são os forasteiros.
Os comerciantes que compram o melão aos nossos produtores e as famílias que nos visitam e que levam 30 ou 40 Kgs.
São esses que ajudam económicamente os nossos produtores.
Transformar um espectáculo público num comício partidário dificilmente agradará a alguém a não ser aos simpatizantes da CDU, e esses como todos sabemos fora de Alpiarça representam 8 a 10% dos portugueses.