.

.

.

.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Jerónimo diz que Governo cai pela vontade do povo

Líder comunista diz ser impossível o país aguentar até 2015 com esta "política de destruição" e que tudo fará para que o Governo caia antes do final do mandato.
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, defende, em entrevista à Antena 1, que o Presidente da República não pode fugir às suas responsabilidades e deve pedir a fiscalização do Orçamento do Estado (OE) para 2014. 
"Se tiver um rasgo de fidelidade ao juramento que fez, naturalmente, que requeira essa fiscalização preventiva", afirma Jerónimo de Sousa na entrevista à rádio pública."Seria no mínimo estranho, é o próprio Governo reconhecer que existem dúvidas da constitucionalidade de algumas propostas que apresentam, que o Presidente da República passasse a questão e não usasse aquilo que são as suas responsabilidades institucionais, de verificar se a Constituição está ou não a ser cumprida", acrescentou.
Orçamento penaliza os mais desfavorecido.
Confrontado com o cenário provável do Orçamento do Estado ser aprovado pela maioria parlamentar, Jerónimo de Sousa garante estar em condições de usar os direitos institucionais, conjuntamente com outros, e requerer da fiscalização do documento.
 O líder comunista acusa o OE 2014 de afetar, sobretudo, os reformados, pensionistas e o sector público, favorecendo mais uma vez os grupos mais privilegiados.
"Verificamos este número esmagador que dispensa qualquer discurso, é que a parte do trabalho de reformados e pensionistas, os serviços públicos, sofrem cortes, uma austeridade de 82%, enquanto, por exemplo, os chamados intocáveis dentro do capital financeiro, os grandes grupos económicos, dão uma contribuição de 4%", realça.
Governo não cai pelas contradições na maioria
Segundo Jerónimo de Sousa, face ao agravamento dos problemas do país o Executivo de Passos Coelho só tem uma opção, que é demitir-se ou ser demitido, sublinhando que para tal a luta do povo português será decisiva.
"Não esperemos que seja por contradições existentes entre o seio da maioria que este Governo cai, mas pela vontade do povo português, lutando, convergindo, particularmente pela convergência de todos os sectores e camadas atingidos por esta política. Todos juntos terão outra força", declara.
O secretário-geral do PCP garante ainda que é impossível o país aguentar até 2015 com esta "política de destruição" e que tudo fará no quadro dos direitos constitucionais para travar esta situação.
 "Nós faremos tudo para que isso não aconteça, para bem de Portugal e dos portugueses", rematou.
«Expresso»

Sem comentários: