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sexta-feira, 22 de novembro de 2013

PAC. Portugal vai receber 8,1 mil milhões de euros de fundos

Vários eurodeputados afirmam que Portugal terá de devolver perto de mil milhões de euros relativos ao pacote 2007-2013. O governo garante que o financiamento será executado a 100%
O Parlamento Europeu aprovou ontem a PAC - Política Agrícola Comum, que vai dar a Portugal 8,1 mil milhões de euros até 2020. Cabe agora ao governo decidir o que entende por agricultor activo para saber quem vai receber o quê. O gabinete de Assunção Cristas disse ao i que as propostas serão apresentadas até final do ano e que todo o dinheiro será utilizado.
A questão foi levantada por alguns eurodeputados do grupo socialista, que lamentaram as fracas taxas de execução do programa da PAC 2007-2013, que levarão Portugal a ter de devolver muito perto de mil milhões de euros. O secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque, disse ao i que, apesar dos atrasos, o financiamento comunitário será utilizados na totalidade.
"A taxa de execução do Proder [Programa de Desenvolvimento Rural] está actualmente nos 74%. O programa teve dificuldades em arrancar nos primeiros anos, mas, desde 2011 que tem vindo a aumentar exponencialmente, pelo que chegaremos aos 75% até ao final do ano. Desta forma, executaremos integralmente o programa até 2015, data em que termina", garantiu o secretário de Estado.
O eurodeputado e ex-ministro da Agricultura Capoulas Santos adianta que, para que tal aconteça, o governo terá de aprovar até ao final do ano todos os projectos em falta, o que será difícil.
José Diogo Albuquerque lembra que "nos primeiros quatro anos e meio o Proder atingiu uma taxa de execução de 33%, enquanto nos últimos dois anos e meio a taxa de execução é de 42%".
A PAC agora aprovada compreende o período 2014-2020, mas o dinheiro não começará a chegar já no início do próximo ano. Capoulas Santos explica que dificilmente as verbas chegarão "antes do segundo semestre de 2014". No entanto, haverá dinheiro antes disso.
No primeiro pilar, o das ajudas directas aos agricultores, o pagamento será já efectuado com dinheiro do novo quadro financeiro, diz o secretário de Estado da Agricultura, apesar de que as novas regras dos pagamentos directos apenas se aplicarem a partir de Janeiro de 2015.
No caso do segundo pilar, o do desenvolvimento rural, "e visto que se prolonga por mais dois anos (regra N+2), serão utilizadas verbas do actual quadro (PAC 2007-2013) para financiar, até 2015, os projectos já aprovados no Proder.
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