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sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Um ponto de vista sobre a Assembleia Municipal de 19 De Dezembro de 2013

Por: Cláudia Hortelão
Ontem realizou-se mais uma Assembleia Municipal de Alpiarça. É certo e sabido que tenho vindo a assistir com algum interesse a este acontecimento e ontem pela primeira vez resolvi questionar a ‘mesa’. Mas já lá vamos…
Ontem estavam previstos apenas 4 pontos de ordem que mesmo com a devida discussão não se deveriam alongar como foi o caso até às 03:00 da manhã, sendo que a anterior Assembleia durou até às 04:00 da manhã e os pontos rodavam se não me falha a memória os 12.
Isto porque foram apresentados dois textos interessantes. Um referente á vontade expressa por um munícipe de que as respectivas bancadas aprovassem um voto de pesar relativo à morte de Nelson Mandela. E mais tarde apresentado pela bancada da CDU, surgiu um texto elucidativo a Álvaro Cunhal, ao centenário do seu nascimento, bem como o seu contributo para a democracia.
Sem desprimor para Nelson Mandela e Álvaro Cunhal, muito menos para os seus feitos, pois todos sabemos quem foram e o seu contributo para as mais variadas situações históricas. Mas o que temos que ter em conta é que a leitura exaustiva destes textos, que devido à sua natureza não poderão ser sucintos, faz com que uma Assembleia Municipal onde seriam debatidos apenas 4 pontos se torne em algo que se arrasta e que quando chegamos aos pontos a ser debatidos tenhamos uma assistência já um pouco irrequieta e irritadiça. E todos nós sabemos que os índices de atenção neste tipo de ambiente serão mais diminutos. 
Como espectadora dos debates promovidos entre a mesa de executivo e respectivos deputados municipais, verifico alguma crispação que leva a intervenções alongadas e um pouco revanchistas, sendo que a meu ver se perde o verdadeiro cerne da questão que são os assuntos referentes aos problemas e necessidades do concelho bem como as respectivas resoluções dos mesmos.
Relativamente à intervenção do público gosto preferencialmente quando se apresenta problemas concretos que aguardam resolução. Exemplo disso foi a situação do asfaltamento da Rua Norton de Matos no Frade de Cima e que me fez saltar da cadeira e tomar uma posição mais activa defendendo também outra situação que é do conhecimento da autarquia e que ainda não viu resolução. A referida situação encontra-se na Rua Pinhal da Torre, para quem desconhece é paralela à zona industrial, encontra-se em mau estado já vai para muito tempo, e a solução passou durante décadas pela passagem de niveladoras, mas efectivamente a situação com as chuvas volta ao mesmo, causado danos não só a nível dos veículos como das habitações. Interpelei directamente a ‘mesa’ e obtive resposta na pessoa do senhor Presidente Mário Pereira que me transmitiu que efectivamente depois da obra recente que permitiu aos moradores do ‘Bairro dos Pescadores’ verem a zona de estacionamento junto às suas portas finalmente alcatroada, não se prolongou devido à falta de verbas, mas que tal como outros pequenos pontos da malha urbana já haviam sido tratados este também o seria, assim que fossem tidas condições e até ao limite urbano.

 Felizmente o local onde habito ainda estará dentro do limite urbano e para alguns membros da plateia informo que já temos saneamento, portanto a intervenção resume-se só ao piso da estrada que tanta dor de cabeça causa aos moradores. Espero que realmente este ponto por mim trazido não caia no esquecimento, porque como referi somos todos cidadãos de primeira. E solidária que estou como a situação do Frade Cima e outras do concelho, penso que um papel mais activo e interventivo por parte da população pode colher frutos, relativamente a situações que se arrastam há décadas. Mas gostaria também de ver o próprio executivo mais vezes na rua, no terreno. Todos sabemos de localidades onde os membros do executivo são presença constante no dia-a-dia dessas localidades e porque não essa situação também se verificar em Alpiarça?
Talvez não fosse necessário que se tivesse de fazer alguns esboços em papel para elucidar a localização dos referidos problemas entre membros da ‘mesa’.
Mesmo assim, espero que para bem dos moradores esta situação não caia em esquecimento, mas caso isso aconteça farei questão de voltar a alertar o executivo para a situação. Isto porque existem varias formas de isolamento e a falta de condições é uma delas. Mas também porque a nossa Vila tem tendência a crescer e a zona que referi tem elevado potencial a meu ver para tal.
Saudações e votos de boas festas…