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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Águas do Ribatejo a “ Rainha do Barato”


Sem querer trazer mais achas à fogueira, confesso que me tem causado alguma preocupação o facto de as Águas do Ribatejo ser a “ Rainha do Barato” no tarifário da água do distrito e ao mesmo tempo a mais insensível perante os problemas sociais dos mais pobres dos municípios também do distrito.

Fui dar apressadamente uma volta pelo Google e, mesmo a contra-relógio, em questão de minutos encontrei Santarém e Tomar (outros municípios haverá certamente) que podem servir de referência para o caso das tão faladas e exibidas Tarifas Sociais.
Não tendo aqui em conta o preço final da água de cada município, que para o caso em análise não é de todo relevante, encontramos grandes diferenças nas ajudas aos consumidores de menores recursos financeiros.
O que podemos ver é que estes municípios criaram um único escalão para a Tarifa Social, dos 0 aos 15m3 pago ao preço do 1º escalão e isentaram o beneficiário no que diz respeito às tarifas fixas.
A Águas do Ribatejo por sua vez, resolveu manter o 1º e 2º escalão para o Tarifário Social, atribuir uns descontos complicados a quem se fique pelo 1º escalão (até 5m3) e 50% de desconto a quem entre no 2º escalão (até 15m3) que dá uma coisa sem expressão que pouco ou nada valerá a estas famílias com dificuldades económicas. É que, por estranho que pareça, o desconto incide apenas nas taxas fixas que, curiosamente outras empresas simplesmente isentaram os clientes, beneficiários desta tão badalada Tarifa Social.
Não obstante, no meio de tudo isto, o que me parece ainda mais grave da parte da empresa Águas do Ribatejo, é que a empresa tenha resolvido “castigar” uma família carenciada que ultrapasse os 15m3, com a total perda do pouco benefício que tinha antes! (Cerca de dois euros, ao que dizem).
Fomos verificar se esta "Pena de Talião" existia nas empresas de fornecimento aqui referidas como exemplo e, verificamos que não existem de todo.
O que existe, e isso parece perfeitamente normal, é que o cliente beneficiado pela Tarifa Social, ao esgotar os 15m3 a que tem direito, pagará a partir daí, a água ao preço normal do 3º escalão. Mas, o seu direito aos 15m3 será integralmente respeitado!
Agora cortar todos os benefícios de família carenciada em determinado mês, só porque o agregado gastou mais 1m3 de água no final desse mês, como faz a empresa Águas do Ribatejo, não lembrará a ninguém, nem tão pouco ao diabo!

Noticia relacionada:
 "Vamos aguardar e cá estaremos para fazer contas": 

6 comentários:

Anónimo disse...

"Rainha do Barato" parece-nos justo, já que esta empresa se autointitula como a campeã dos preços baixos no sector das águas, batida apenas pela Câmara Municipal da Golegã que, preferiu gerir o seu próprio hidronegócio e consegue colocar a água na torneira dos seus fregueses por metade do preço dos restantes fornecedores de água vizinhos. Pena que a "Rainha" da água da lezíria (Águas do Ribatejo) cuja influência já galgou a norte do rio Tejo (T. Novas), não acompanhe as empresas suas congéneres na componente Social que, tanto gosta de evocar nas suas brochuras e palestras. Mas, ainda está a tempo de emendar a mão e reconhecer que pode fazer muito mais pelos consumidores (6%) para os quais a sorte foi madrasta e que, não sabem como vão pagar a água no final do mês. Por isso foram chamadas e identificadas como: “Famílias carenciadas”. Muitas delas a viver no limiar da pobreza.
Como pessoas educadas nos princípios do cristianismo, todos compreendemos estas situações, naturalmente. Assim como compreendemos que o governo, por si só nunca resolveu nem irá resolver todos os problemas dos cidadãos. Daí ser necessária e urgente a SOLIDARIEDADE de toda a comunidade.
Será que todos temos consciência dessa necessidade?

Anónimo disse...

Quer comparar o caso de Alpiarça e Santarém, mas propositadamente omite que os preços da água em Santarém são muito superiores aos praticados pela AR.

Anónimo disse...

ORÇAMENTO PARTICIPATIVO: CDU VOTOU CONTRA!


PAULO LOPES, vereador e líder da Comissão Política do PS Setúbal
Ontem (20Fev.2014), em reunião de Câmara, foi votada uma proposta apresentada pelo Partido Socialista que propunha a introdução e implementação de um Orçamento Participativo para o concelho de Setúbal. O modelo apresentado permitiria que os munícipes apresentassem propostas, mas acima de tudo, votassem directamente em projectos a incluir no Orçamento e Plano de actividades do ano seguinte. O cidadão assumia assim o papel de interveniente directo, no processo de priorização de uma parte dos investimentos municipais. A democracia participativa em complemento da democracia representativa. A proposta foi rejeitada, com 5 votos a favor (4 PS e 1 PSD) e 6 votos contra (CDU).

PORQUE TERÁ A CDU MEDO DE UM ORÇAMENTO PARTICIPATIVO?
O Orçamento Participativo (OP) visa contribuir para uma participação informada e responsável dos munícipes nos processos governativos locais e garantir a sua participação nas decisões sobre os investimentos municipais represente uma correspondência real entre as verdadeiras necessidades e as naturais aspirações da população. O Orçamento Participativo é, portanto, um instrumento de fundamental importância na estratégia duma Câmara Municipal.
É um mecanismo de democracia participativa que permite aos cidadãos decidirem sobre uma parte do orçamento municipal. No Orçamento Participativo (OP), o executivo destaca uma parte do orçamento e convida todos os cidadãos a identificar, debater e priorizar projetos para o Concelho.
Os cidadãos poderão participar na fase de discussão e apresentação de propostas e também na fase de votação dos projetos finalistas. As propostas podem ser apresentadas nas sessões de participação pública que serão organizadas por todo o concelho. A participação é feita em nome individual e tem como objetivo a melhoria da qualidade de vida da comunidade. As propostas mais votadas serão submetidas à avaliação da equipa técnica da autarquia e após validação são colocadas a votação. Na fase de votação os cidadãos poderão participar enviando um SMS gratuito e escolhendo apenas um projeto.
Os projetos mais votados serão concretizados pela autarquia em 2014/15.
QUEM PODE PARTICIPAR?
Nas sessões apenas podem participar os cidadãos maiores de 18 anos que se relacionem com o Município de Setúbal, sejam residentes, estudantes, trabalhadores ou representantes do movimento associativo, do mundo empresarial e das restantes organizações da sociedade civil.
QUE BENEFÍCIOS COMPORTA O ORÇAMENTO PARTICIPATIVO PARA A CIDADE E PARA OS CIDADÃOS?
Um dos principais benefícios é contribuir para aprofundar o exercício da democracia através do diálogo que o poder público estabelece com os cidadãos. Outro benefício é que o OP faz com que a Câmara Municipal preste contas aos cidadãos, contribuindo assim para a modernização da administração pública. O OP é também, uma ferramenta para ordenar as prioridades sociais e promover a justiça social. Os cidadãos passam de meros observadores a protagonistas da administração pública, ou seja, participantes integrais, activos, críticos e reivindicadores. É um processo no qual todos são beneficiados.


Ler mais: http://etcetal.blogs.sapo.pt/orcamento-participativo-cdu-votou-353179#.UwZqZNYTjTA.facebook#ixzz2twEMWbC5
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Anónimo disse...

Se o comentarista das 06:57 (madrugador) quiser ler os posts dos vários autores sobre o tema da água, irá com certeza encontrar a resposta para a sua questão.
Se reparar, já foi explicado que dar 4.00€ em vez de 2.00€ às famílias realmente carenciadas, implicará um aumento na factura de mais 13 cêntimos mensais na factura dos que mais podem. Como vê, esse não é motivo para meter medo com o papão do custo da água como razão do não auxílio às famílias mais pobres.
Tenhamos algum senso comum para perceber o problema.
Como disse aqui alguém, vamos esperar pelos aumentos até 2017 que muitos afirmaram ser só de uns cêntimos e depois conversamos.

Anónimo disse...

Deixem-se de tretas, nos últimos 6 anos a fatura da água e serviços associados à mesma triplicou essa é que é a verdade.
Além desta demagogia, nunca podem comparar os custos de fornecimento de água, entre Alpiarça e Santarém, uma vez que Alpiarça é uma vila praticamente plana, onde em termos geológicos os terrenos são fáceis de trabalhar, logo toda a estrutura de custos e mais econômica.
Só por isto tinham que forçosamente ter os preços mais baratos de toda a região.
Na verdade não acontece, pois todos sabemos que algumas das verbas incluídas na fatura são importantes receitas para as Autarquias, como a de Alpiarça, por isso votou a favor dos aumentos...mas dizem que a culpa é dos outros..!!!!

Anónimo disse...

Ó senhor comentaista das 09:59, se a câmara tirasse alguns proventos disto como diz, ainda vá que não vá. O problema é que a câmara de Alpiarça não só não tem qualquer lucro com o negócio, como tem ainda que pagar! Isto é, as rendas que deveria receber prescindiu delas para que a Águas do Ribatejo venha pregar aos quatro ventos que tem a água mais barata das redondezas. Obrigado! À custa das instalações que os consumidores pagaram ao longo de anos, também nós éramos a nata entre os melhores! Quanto aos milhões investidos e tão publicitados para justificar os aumentos e calar o pagode, é uma matéria que ainda vai dar muito que falar. É só esperar mais uns tempos.
Aponte aí no caderno.