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sábado, 22 de março de 2014

OPINIÃO: O caso é bem mais complexo do que isso e, é necessário alguma independência e serenidade para o estudar e compreender

Por:  L.A.
Gostaria de ver aqui expressas as opiniões de leitores e outros conceituados colaboradores do JA a propósito da reacção de Francisco Cunha face à não entrega pelo executivo da documentação solicitada por este vereador.
É claro que eu não tenho nada a ver com esta polémica e nem sequer tenho conotações políticas com qualquer partido mas, acho este jogo muito estranho, enquanto cidadão e munícipe.
O importante, quanto a mim, é saber se o vereador Francisco Cunha tem ou não direito ao acesso à documentação que solicitou. Depois, se tem porque não lhe é facultada essa documentação? As razões deverão chegar por escrito e não por “conversa fiada”. Como se diz por terras de Sua Majestade: “Avoid Verbal Orders.” (Evite Ordens Verbais).
Se não lhe assiste o direito de acesso à documentação que exige, então perde toda a razão, e não há qualquer motivo para a sua insistência. Devendo mesmo, por uma questão de hombridade e boa educação, apresentar as suas desculpas ao actual executivo CDU na pessoa do presidente Mário Pereira, pela incorrecção.
Se tem razão nas suas pretensões, então é um caso que merece especial atenção e não vamos criticar o vereador de qualquer maneira sem apontar uma solução mais rápida e eficaz que resolva o problema. Se alguém merece dura crítica, será a parte faltosa, como é evidente, e não o vereador.
Dizer que temos outros meios, como os Tribunais e outros organismos para dirimir o assunto, é estar a perder tempo. Por vezes é necessário recorrer a medidas enérgicas e de algum espalhafato que nem sempre são as desejáveis, bem entendido, para fazer valer em tempo útil, os nossos direitos. Sabemos como funcionam os tribunais e outros organismos. Quando se pronunciarem já estaremos noutros mandatos da câmara e possivelmente com novas caras que nada têm a ver com a questão. Mas, sobre este interessante tema, falaremos noutra altura. 
Nós sabemos que a táctica dos políticos que detêm cargos públicos e que vai passando de executivo para executivo, às vezes por aconselhamento e "instrução" de certas raposas velhas, ex-autarcas e funcionários de carreira, é que se ameace com o tribunal quando estão apertados e… se diga "Vá para Tribunal!"… quando não lhes convém, por qualquer motivo, assumir responsabilidades.
Isto porque têm consciência que, desta forma estão sempre protegidos e evitam chatices pessoais. Mesmo que não tenham razão, será sempre a Instituição que vai arcar com as responsabilidades e consequências dos seus actos.
E temos por aí montes de exemplos espalhados que atestam isso mesmo e, não vale a pena trazê-los aqui de novo à tona.
Nesta moldura que atesta o funcionamento das nossas instituições, nomeadamente câmaras municipais, entendo que devemos ter alguma atenção na análise que fazemos dos políticos que compõem, no caso concreto, a Câmara Municipal de Alpiarça.
Em conclusão, falando com toda a franqueza e ao contrário de alguns observadores, não me parece que haja aqui apenas santos à esquerda e pecadores à direita.
O caso é bem mais complexo do que isso e, é necessário alguma independência e serenidade para o estudar e compreender.
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4 comentários:

Anónimo disse...

Desde quando uma empresa particular, arrendatário de um espaço tem a obrigatoriedade de apresentar a sua contabilidade a um vereador?

Anónimo disse...

O autor deste post quer parecer muito isento, mas cá para mim só uma pessoa ligada à "seita" do TPA ou PSD, ou lá o que é, é que depois de ver o vídeo do mirante que todos vimos, pode defender este vereador. Vereador que nem merece ter esse título, tal é a vergonha do que acabei de ver. E ainda assume que faz figuras tristes. O que me leva a pensar que estes filmes são todos de caso pensado, premeditados. É mesmo de propósito para descredibilizar os órgãos de Alpiarça e dar esta imagem da nossa terra para toda a gente ver. É mesmo de quem não gosta de Alpiarça, é o que é.
E já agora, se o autor do post é assim tão isento, porque não faz referência a alguns factos como por exemplo:
_ o vereador querer documentos de um assunto no qual ele é parte interessada, as AEC, e onde até pôs a câmara em tribunal?
_ como se não bastasse, ainda queria ser presidente da câmara que meteu em tribunal, e esta não lhe apetece mencionar?
_ ainda por cima, as ameaças "à D. Corleone" ao administrador deste blog, como se o senhor Centeio tivesse que se fazer de cego surdo e mudo e fizesse de conta que o video não existia? Então e nós todos que o vimos? Pensava se calhar que ia ficar bem na fotografia. O que a vaidade e presunção faz a uma pessoa...
No meio disto tudo, é admirável é a paciência do presidente e o esforço constante para que se dignifique a terra e a política em Alpiarça. Santo não será, que não existem, mas que está a comprovar ser um grande homem e digno, isso está.

Anónimo disse...

Senhor comentarista das 23:53, diz-nos a ciência que para haver um "Efeito" tem de haver uma "Causa".
O Efeito que todos temos presenciado é, sem dúvida, a veemente insistência do vereador Francisco Cunha, a pedir documentos que tardam em chegar e que pelos vistos não lhe podem ser negados enquanto vereador.
A Causa é obviamente o presidente ou os serviços camarários que não cumprem com os seus deveres e obrigações processuais e legais de entrega desses documentos solicitados por alguém com assento na Câmara que representa, embora de forma minoritária, uma parte da população de Alpiarça.
Quem será então o verdadeiro causador (Causa) deste desentendimento e "gritaria" (Efeito)? Será que a melhor forma de evitar este rumor e consternação de alguns é calar e não ter qualquer intervenção susceptível de causar incómodo ao actual executivo da CDU na Câmara Municipal de Alpiarça?
Não podemos esquecer que relativamente ao também vereador do PS Pedro Gaspar o executivo CDU tem tecido comentários pouco abonatórios, para não dizer de descrédito, relativamente à sua postura na abordagem de assuntos “incómodos” para o executivo.
Então devem os vereadores da oposição ter um papel meramente decorativo, ir às reuniões buscar as senhas de presença, e dizer ámen a tudo que diga ou faça o executivo que gere a Câmara Municipal?
A resposta está naturalmente implícita na simples leitura da premissa, não acha caro/a leitor/a?
Depois, convenhamos que o vereador Cunha, ao contrário daquilo que alguém quer fazer passar "Desde quando uma empresa particular, arrendatário de um espaço tem a obrigatoriedade de apresentar a sua contabilidade a um vereador?", exige apenas a documentação do contrato existente entre a Câmara Municipal e o arrendatário e não os resultados de gerência, lucros ou prejuízos que dizem respeito apenas e só ao arrendatário.
Não vale a pena empolar a questão com inverdades e outros malabarismos de diversão para baralhar ainda mais as coisas.
A questão parece-nos simples, razoável e fácil de assimilar.
O resto é que já não sabemos.

Anónimo disse...

Pelo que se diz por aí os documentos que ainda não foram entregues dizem respeito a duas empresas onde o respectivo vereador é o patrão e o que ele procura é uma forma absurda de a Câmara transgredir a lei,para se ver livre da justiça por quebra do Segredo de Justiça.