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domingo, 20 de abril de 2014

Quatro em cada 10 pessoas «de direita» querem mudar Constituição


Quatro em cada 10 dos portugueses com convicções políticas de direita e inquiridos para um estudo sobre os 40 anos do 25 de Abril consideram que a Constituição deve ser alterada e dizem-se insatisfeitos com a democracia.
De acordo com os resultados de um inquérito conduzido pelo Instituto das Ciências Sociais e hoje apresentado na conferência "25 de Abril, 40 anos", 40% dos portugueses que preferem os partidos actualmente no Governo querem que a lei fundamental do país seja mudada.
Mariana Costa Lobo, que apresentou o estudo na conferência organizada pelo Instituto de Ciências Sociais, pelo semanário Expresso, pela SIC Noticias e pela Fundação Calouste Gulbenkian, adiantou que os dados revelam que há uma insatisfação com a democracia actual.
A Constituição da República foi aprovada a 2 de Abril de 1976 e sofreu sete revisões desde essa data, três mais abrangentes e quatro mais curtas, relacionadas com a adesão a tratados internacionais.
Na última revisão, em 2004, as principais alterações visaram dar mais autonomia às regiões autónomas, substituindo o "ministro da República" por "representante da República" e dando mais poderes às assembleias regionais.
Segundo o estudo, para o qual os inquiridos foram questionados acerca dos legados da Revolução de Abril e a actual conjuntura, os portugueses com convicções mais à esquerda acham que a troika está a destruir o regime.
O inquérito revela também que a imagem do 25 de Abril tem sofrido com a crise económica que actualmente se vive, além de demonstrar que há uma clivagem política entre esquerda e direita quanto aos ideais de Abril.
Em 2004, altura em que foi realizado um estudo semelhante, o resultado mostrava que as diferenças entre partidários de esquerda e de direita não eram tão notórias.
De acordo com o estudo, metade dos inquiridos são de opinião que os objectivos do 25 de Abril passaram pela instauração de um regime democrático, enquanto 45% acreditam que se queria acabar com a guerra colonial.
Trinta e nove por cento considera a modernização e o desenvolvimento do país como um objectivo da Revolução dos Cravos, enquanto 36% acredita que se queria promover mais a justiça social no país.
Este ano, 11% dos inquiridos salientou que se queria instaurar no país um regime de tipo comunista, quando que, em 2004, somente 5% pensava desta forma.
Realizada em parceria pela Gulbenkian, o Instituto de Ciências Sociais, o jornal Expresso e o canal SIC Notícias, a conferência ‘25 de Abril, 40 anos’ visa analisar os resultados de um inquérito aos portugueses sobre a revolução de Abril de 1974, além de debater os legados e os protagonistas.
Será também debatida hoje a visão do 25 de Abril a partir de Espanha e a questão de saber se valeu a pena fazer a revolução, num ciclo de debates que conta com a presença dos antigos presidentes da República Ramalho Eanes, Mário Soares e Jorge Sampaio, com o ex-primeiro-ministro e empresário Francisco Pinto Balsemão e o antigo chefe de Governo espanhol Filipe Gonzalez.
«Lusa»

1 comentário:

MFPLeal disse...

O caro comentarista está nos uma vez mais a atirar AREIA PARA OS OLHOS.
O 25 de Abril começou a ser assassinado e já pouco ou nada resta do 25 de Abril de 1974, graças exactamente aos políticos de direita. a começar pelo Mário Soares, Cavaco Silva e continuando com Guterres, Santana Lopes, Sócrates, Passos, não esquecendo os Presidentes da Republica. Há 39 anos que estamos num regime de recuperação capitalista que começou com o 25 de Novembro de 1975. Podem enganar alguns com essas vossas festas que eu considero FESTAS DOS JUDAS tem enganado o povo desde essa data, graças também aos que votam por eles e aos abstencionistas. Boas festas a todos mas por favor não atirem mais areia para enganar o povo.