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quarta-feira, 25 de março de 2015

Exportações de tecidos portugueses para a China cresceram 10%

As exportações de tecidos portugueses para a China continental cresceram 10% em 2014, ilustrando o "bom nome de Portugal" no mercado têxtil internacional, afirmou à agência Lusa uma responsável do setor.

"As novas marcas chinesas conhecem-nos cada vez mais e há marcas internacionais, sobretudo americanas, que compram a matéria-prima em Portugal e confecionam depois os produtos na China", disse Sofia Batalha, diretora executiva da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP).
Sofia Batalha falava a propósito da abertura da "Intertextile Xangai 2015", considerada um dos maiores certames asiáticos do setor, que decorre até sexta-feira na capital económica da China com a participação de oito empresas portuguesas.
"Portugal tem um bom nome no mercado e as marcas chinesas estão a comprar mais em Portugal", disse a responsável, que representa também a Associação Seletiva Moda, o organismo da ATP encarregue de promover o país nas feiras internacionais.
Estatísticas fornecidas à Lusa pela ATP indicam que no ano passado as exportações de têxteis portugueses para a China somaram cerca de 5,5 milhões de euros, subindo 10% em relação a 2013.
O aumento maior foi nas áreas dos filamentos sintéticos e das fibras artificiais, que cresceram 104% e 26%, respetivamente, mas os tecidos de algodão mantiveram o primeiro lugar, faturando cerca de metade do total: 2,28 milhões de euros, mais 10% do que em 2013.
Incluindo Hong Kong e Macau, duas Regiões Administrativas Especiais da China, com autonomia aduaneira, as exportações de têxteis portuguesas para aquele país somaram cerca de 11,1 milhões de euros em 2014.
Segundo Sofia Batalha, a procura de tecidos portugueses está a subir também noutros países asiáticos, entre os quais a Coreia do Sul e Japão: "A Ásia não é um mercado fácil, mas é decisivo para nós", disse.
Lemar, Paulo de Oliveira, Penteadora, Ribera, Riopele, Somelos, Textil Serzedelo e Troficolor são as empresas portuguesas presentes na "Intertextile Xangai 2015", um certame com mais de 3.000 expositores de 24 países e regiões, organizado pela Messe Frankfurt.
Aquelas empresas ocupam o pavilhão "From Portugal", um espaço de cerca de 100 metros quadrados onde predomina o vermelho papoila (a "cor da energia", salienta Sofia Batalha) e com o nome do país escrito também na língua local ("Pu Tao Ya").
"From Portugal" (em inglês) é um projeto da Associação Seletiva Moda apoiado por fundos comunitários (Qren).
Paralelamente à "Intertextile Xangai 2015", decorre no mesmo local a "Micam", uma feira internacional de calçado, com a presença de cinco empresas portuguesas: Flex & Co, Fly London, J. Reinaldo, Mocc's/Boat Dock's e Nobrand
Os dois certames coincidem com um bom momento das exportações portuguesas para a China.
Pelas contas da Administração-geral das Alfandegas Chinesas, em 2014, as exportações portuguesas para a China aumentaram 18,8% para 1.660 milhões de dólares, mais de o dobro de há cinco anos.
«NM»

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