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quarta-feira, 29 de abril de 2015

"A sobretaxa do IRS pode acabar mais cedo"

Em entrevista ao semanário SOL, a ministra da Agricultura fala sobre a coligação, o CDS e as propostas socialistas. Diz que o seu partido está a preparar a sua proposta e que é possível preparar o país para superar as expetativas que já foram criadas a nível económico.


A ministra da Agricultura, ao SOL, não desvenda completamente o véu sobre a possibilidade de PSD e CDS reeditaram e a coligação. Porém, traça uma meta temporal para apresentação do programa político dos centristas: maio.
Falando depois sobre as perspetivas de crescimento do país, mas também do desemprego, Assunção Cristas diz que as metas, respetivamente, de 3% e 10%, são realistas. “É preciso trabalhar para chegar lá. Aliás, o Governo teve de fazer a sua própria reflexão sobre essa matéria e aponta para um crescimento de 2,4% daqui a dois anos”, esclarece a governante.
Sobre a Taxa Social Única, questão que no passado abriu uma fratura entre CDS e PSD e fez abanar a coligação, a governante diz que estão a estudar cenários e que ainda “não há uma posição fechada sobre isso”
“Haverá o momento que fecharemos sozinhos ou em conjunto. E, se for para fecharmos em conjunto, com certeza que haverá um momento de negociação também do ponto de vista técnico e político”, garante.
Quanto ao Programa de Estabilidade apresentado recentemente pelo Governo, Cristas diz que, apesar de estarmos em época eleitoral, “os programas [dos partidos] não podem ultrapassar as regras europeias que determinam caminhar para um equilíbrio orçamental e reduzir a dívida pública e, com isso, balizam a capacidade de ação”.
Este mote serve para criticar as primeiras medidas socialistas conhecidas esta semana. “O PS prevê 117% na dívida,10 pontos percentuais acima do cenário traçado pelo Governo para a próxima legislatura. Significa que o PS não aprendeu com os erros do passado”, afirma a ministra, adiantando que o caminho de aumento da despesa é “perigoso e irresponsável”.
“[O PS] não explica de forma consistente como vai financiar o aumento de despesa e a redução da receita que as suas medidas implicam, o que denota uma fragilidade técnica impressionante. (…) Em matéria de sustentabilidade da Segurança Social as propostas revelam ou um desconhecimento preocupante ou total irresponsabilidade”, explica.
Por fim, sobre a possibilidade da sobretaxa de IRS ser eliminada em 2019, Assunção Cristas garante que “nada está escrito na pedra”.
“O que é dito é que de acordo com este cenário isso é o mais realista. Se o cenário melhorar e conseguirmos ter políticas que sejam mais eficazes, faremos um desagravamento mais cedo”, conclui a responsável pela pasta das Finanças e uma das responsáveis pelo programa eleitoral dos centristas. 
«NM»

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