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quinta-feira, 23 de julho de 2015

Uma medida inteligente mas para quem não percebe nada de economia


Afinal não foi assim que este país foi gerido nos últimos 40 anos, e não havendo a tal varinha endividávamo-nos para garantir direitos sociais que a economia real não acompanhava nem criava


O sr, comentador (ler: "O TPA também diz verdades que incomodam": ) não precisa de saber economia. Basta saber somar a dívida existente na altura eque subiu exponencialmente na governação de José Sócrates (+ de 90.000 milhões) e adicionar 78.000 milhões emprestados pela Troyka para saber que essa lenga-lenga repetida até à exaustão não passa disso mesmo.
Mas poderia juntar mais dados económicos que se esqueceu: A nacionalização dos prejuízos do BPN pela mão do governo PS, a dívida oculta do Ministério da saúde (3000 milhões!), a quem já nem os fornecedores fiavam medicamentos ou meios de diagnóstico, e a dívida oculta da Madeira.
Fazendo esse exercício intelectual verifica que ainda que a dívida possa ter subido com este governo, não é da sua responsabilidade a totalidade da dívida.
Pode ainda juntar empréstimos obtidos a taxas mais favoráveis (boa gestão) que permitiram uma almofada financeira para a curto e médio prazo não ficar refem de mercados conturbados.
Esta é uma medida inteligente mas para quem não percebe nada de economia e dos mercados o bom é gastar, gastar, gastar e não poupar nem um cêntimo. Alguns chamam-lhe modernos métodos de gestão.
Claro que a demagogia cada um usa a que quer e o sr articulista em 3 ou 4 anos decerto que resolveria todos os problemas estruturais de que Portugal padece há 40 anos por um passe de mágica, (empresas públicas com déficit permanente, gestores políticos incompetentes, excesso de pessoal na administração pública, produtividade baixa, etc) e escorraçaria uma Troyka a controlar passo a passo a execução das medidas impostas e assinadas.
Bastaria agitar a varinha de condão e o dinheiro apareceria por todo o lado e assim poderíamos todos ir cantando e rindo. Afinal não foi assim que este país foi gerido nos últimos 40 anos, e não havendo a tal varinha endividávamo-nos para garantir direitos sociais que a economia real não acompanhava nem criava.
Talvez a tal classe média que fala não fosse tão "média" e só o era porque eram pagos com dinheiro que não existia na economia real.
Agora o PDR virá resolver tudo à moda do Syriza grego e em Portugal vamos todos voltar aos tempos da exploração do volfrâmio em que se acendia o cigarro com notas de 500 mil reis.

6 comentários:

Anónimo disse...

Quem foi o visionário que terá dito que na política os extremos tocam-se?
Exatamente como Mário Pereira a justificar o descalabro financeiro do seu PCP na última reunião, com o PS há 6 anos e tomando a parte pelo todo, temos aqui agora um exemplo brilhante de um seu seguidor dessa escola-cassete justificativa, mas do PSD, com argumentação semelhante, na defesa justificativamdo descalabro macroeconómico nacional que foge da fatualidade objetiva, para se refugiar no circunstancialismo de que a culpa era de quem lá este há 4 anos e que existem sempre nuances justificativas para branquear a responsabilidade do agravamento desses mesmo dados macroeconómicos nesta legislatura.
Parece que em Alpiarça se está a redefinir a ciência económica.

Anónimo disse...

Não basta tirar umas frases apanhadas aqui e ali (normalmente vindas do staff do Costa) para juntar tudo, qual alquimista, e arranjar uma poçao justificativa que o culpado de todos os males foi quem governou 10% do tempo em oposição a 40 anos de desvarios económicos.
Quem mais tem "miado" não são as classes mais baixas, nem são os que ganham 1000 euros. Esses foram poupados (até 700 €) ou minimamente atingidos.
Quem se vê e ouve protestar mais é precisamente quem ganha(va) mais de 2500 euros, quem tinha complementos salariais de 800 e 1000 euros como muitas vezes verificávamos nas TV's com os reformados de uma empresa pública altamente deficitária chamada Metro.
O que ainda não vi escrito foi a fórmula económica que devia ter sido seguida, além de críticas gratuítas. Talvez a grega, de não tomar qualquer medida e eternamente recorrer a empréstimos que nunca serão pagos. Ou a proposta do PS (socratista) de prosseguir o caminho que nos levou à pré-bancarrota, de investimento público recorrendo a mais dívida.

Anónimo disse...

Ao comentarista das 22:37 passo a citar Fernando Ulrich: "há aguentam, aguentam" (mas ele não)e com Passos Coelho de novo, o banqueiro vai ter razão.
Para bom entendedor meia palavra basta... Pois deve ser dos poucos portugueses que apoia esta política de divergência social, com aumento para mais 20% de portugueses no limiar da pobreza e miséria coabitando com o aumento significativo de novos ricos, e com a destruição da classe média pelo meio.

Anónimo disse...

Oh senhor comentarista, olhe que eu gostava de saber como podem "miar" as miseraveis classes mais baixas que passam o tempo nas filas imensas de distribuição de comida...
Desça à terra!

Anónimo disse...

Mitos urbanos! Muitos desses das "imensas filas de distribuição de comida" são os que usam telemóveis do último modelo e que tomam pequenos almoços que quem trabalha não gasta.
Se conseguir encontrar, veja uma reportagem passada pela SIC Notícias na passagem do ano em que um sem abrigo dizia taxativamente que na maioria das vezes tinham de deitar comida fora.
Dizia também que "os pobrezinhos" eram disputados pelas associações (IPSS) e que o negócio dos alojamentos só não acabava porque dava bom dinheiro aos proprietários.
Sabe porque apoio? Porque tenho os pés assentes na terra e não uso de demagogia barata para atingir os meus fins.
Mas confesse lá... você que está com tanta pena dos pobrezinhos é um dos que ganha ou ganhava mais de 2500 euros. É cá um palpite.

Anónimo disse...

Curioso este "mito rural" do comentador das 13:29 no seu nicho dos bem acomodados (só pode), qual "Alice no País das Maravilhas", carregado de miopia social sobre a imensa pobreza social que aumenta diariamente, mas que no seu imaginário com um telemovel de última geração numa mão e a colher miseravel da sopa dos pobres na outra.